CFO do Carrefour (CRFB3): "Não esperamos desalavancar já no 3T23"

Empresa divulgou números do 2T23 nesta quarta (26)

Divulgação/Carrefour
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Por Ana Luiza Serrão

Apesar de o recuo da alavancagem ser um dos focos do Carrefour Brasil (CRFB3) à frente, o diretor financeiro da maior rede varejista de alimentos do Brasil, Eric Alencar, alertou que não espera que isso aconteça já no terceiro trimestre.

“A gente vai forçar bastante geração de caixa no 4º trimestre”, afirmou o executivo hoje, durante teleconferência com analistas e investidores para comentar os resultados.

Durante a apresentação, o CFO Eric Alencar destacou ainda que não há planos para o fechamento ou a venda de lojas do Grupo Carrefour, negando notícias publicadas na imprensa sobre uma possível operação nesse sentido.

O Carrefour Brasil liderava as altas entre as empresas do Índice Bovespa na manhã desta quarta-feira (26), após divulgar resultados superiores às baixas expectativas do mercado para o 2º trimestre, com lucro líquido ajustado de R$29 milhões. Apesar de destacar pontos positivos, o Itaú BBA avaliou que os números do período podem ser considerados fracos.

A alavancagem da companhia, que ficou em 2,17 vezes em junho, ainda tem sido tema de atenção, com elevação de 0,22 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. Atualmente, a dívida líquida está no patamar de R$13,1 bilhões ou R$18,2 bilhões se incluídos arrendamento e desconto de recebíveis.

Já a expansão da margem bruta foi positiva, um pouco melhor do que a esperada pelo BBA, com aumento de 80 pontos base ano a ano em Cash & Carry, para 14,9%, devido a “melhores negociações com fornecedores após a integração do Grupo BIG”, segundo o banco de investimentos.

A equipe de analistas do Itaú BBA, liderada por Thiago Macruz, mantém recomendação “neutra” para as ações ordinárias do Carrefour Brasil, com preço-alvo de R$11,40.

O time do Santander Corporate & Investment, por outro lado, recomenda “compra” dos papéis, destacando que o resultado melhor que o esperado dissipou parte das preocupações quanto à integração dos ativos do BIG à companhia, com o EBITDA superando estimativas do banco em 15%, embora os números do Carrefour tenham sido considerados em geral fracos.