3R Petroleum: Companhia busca parceria estratégica em refino e comercialização, diz CEO

Foco seria o aumento da capacidade de negociação

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Por: Luciano Costa

Em teleconferência ocorrida nesta quinta-feira (9), a 3R Petroleum (RRRP3) comentou os resultados do terceiro trimestre da petroleira independente, com a participação do diretor-presidente, Matheus Dias.

A 3R está avaliando uma parceria estratégica para apoiar suas operações no chamado “downstream”, que envolve o refino e a comercialização, com foco principalmente no aumento da capacidade de negociação, disse o CEO.

O objetivo da 3R é aproveitar especialidades de um parceiro para maximizar volumes negociados de combustíveis, além de gerar segurança e previsibilidade para a geração de caixa das operações, segundo Dias.

A produção da 3R Petroleum deve atingir cerca de 45 mil barris de óleo equivalente por dia ao final do ano. A meta da companhia é ampliar o volume em 25% a 30% no ano que vem, fechando 2024 com ritmo de cerca de 60 mil boed.

Entre 2024 e 2026, a 3R pretende manter o mesmo ritmo de expansão da produção, de 25% a 30% por ano. “A visão é que no segundo semestre de 2024 o incremento de produção começa a ser bastante relevante”, afirmou Dias.

O custo de extração da companhia, que caiu para US$18,5 por barril, deverá aumentar nos próximos dois a três trimestres, e pode tocar teto de US$22, disse Dias. Uma trajetória de redução é esperada a partir do terceiro trimestre de 2024, com a maior produção diluindo custos fixos.

Os investimentos da 3R (Capex) estão estimados em US$280 milhões para 2023, e em US$400 milhões para 2024. A companhia trabalha para cortar esses valores sem reduzir as atividades previstas.

A 3R Petroleum registrou prejuízo de R$77 milhões no terceiro trimestre, melhor que a projeção do TC Consenso de perdas de R$93 milhões, reduzindo o custo de extração em 21% em base trimestral, a US$18,50.

Perto das 16h30, as ON da 3R recuavam 3,1% na B3, após abrirem em alta na sequência do balanço. O analista Vitor Sousa, da Genial, disse que a sinalização na teleconferência sobre um fluxo de caixa fraco em 2024 pesou sobre os papéis. As ações caem 31,7% em 12 meses, e 15% desde o início do ano.

(LC | Edição: Gabriela Guedes | Comentários: equipemover@tc.com.br)