CSN e Bradespar também entram em ranking das pagadoras de proventos

Economatica: Petrobras tem maior "dividend yield" projetado do Ibovespa para 2024

Reuters News Brasil
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São Paulo, 4/3/2024 – As ações da Petrobras lideram a lista de melhores pagadoras de dividendos entre os papéis que compõem o índice Ibovespa, em termos de “dividend yield” projetado para 2024, de acordo com levantamento realizado pela Mover com dados do terminal da Economatica.

Os papéis preferenciais da Petrobras têm dividend yield projetado de 18,06% para o ano, seguido no ranking pelas ordinárias, com 17,61%. O chamado “dividend yield”, uma das métricas consideradas por analistas fundamentalistas, é calculado pela razão entre dividendo pago por ação e o preço da ação.

Na sequência, aparecem na lista de melhores pagadoras de proventos a Metalúrgica Gerdau, com dividend yield estimado em 17,35%. Em quarto lugar, as ON da CSN têm dividend yield de 15,35%, seguidas pelas PN de Bradespar (14,91%), companhia que administra as ações que o Bradesco detém na Vale.

A relação de dividend yield projetado baseia-se no montante de dividendos pagos por ação em doze meses pela companhia, e no preço atual da ação, além da estimativa de que a política de dividendos seguirá constante em relação ao valor atual dos papéis.

No caso da Petrobras, a companhia reportará resultados financeiros do quarto trimestre de 2023 na quinta-feira. O Itaú BBA estima que a Petrobras poderia pagar de US$3,9 bilhões em proventos, além de US$4,7 bilhões a US$8,5 bilhões em dividendos extraordinários. O Goldman Sachs crê em uma distribuição extraordinária de até US$8,0 bilhões.

O Goldman, no entanto, entende que esse número pode parecer agressivo, dado as últimas declarações do presidente da companhia, Jean Paul Prates, sobre “cautela” na distribuição de dividendos.

A Petrobras tem liderado em rendimento com dividendos entre papéis do Ibovespa nos últimos anos, mas membros do governo federal, incluindo o presidente Lula, já defenderam mudanças nas políticas de remuneração. Além disso, a Petrobras avalia investimentos como a recompra de parte da refinaria de Mataripe, o que poderia implicar, em última instância, em uma redução no volume de dividendos pagos aos acionistas.

(GP | Edição: Luciano Costa | Comentários: equipemover@tc.com.br)