São Paulo, 18/02/2024 – O Goldman Sachs elevou as projeções para o preço do ouro ao final de 2025, de US$2.890 para US$3.100 por onça troy, citando incertezas políticas e maior demanda de bancos centrais pelo metal precioso.
Ameaças do presidente americano Donald Trump de impor tarifas sobre importações têm ajudado a gerar preocupações entre investidores globais, o que poderia impulsionar o ouro para máximas de até US$3.300 neste ano em um cenário mais extremo, apontou o GS em relatório a clientes.
“Reiteramos nossa recomendação de ´vá para o ouro´”, apontou o time do Goldman, citando também temores quanto ao crescimento da dívida dos Estados Unidos como potencial fator de alta para o metal, considerado por muitos como um “refúgio seguro” em momentos de crise.
Até o momento neste ano, as cotações do ouro avançam cerca de 11% nos mercados internacionais, a US$2.914/oz, após desempenho impressionante em 2024, com valorização de 27%.
O desempenho do metal nos mercados tem impulsionado as ações da mineradora de ouro e cobre Aura Minerals, que possui ativos exploratórios no Brasil e Américas. O BDR da companhia, que é listada no Canadá, avança 18,35% neste ano na B3, após disparar quase 127% em 2024.
Além de ganhar com a valorização do ouro, a Aura tem buscado elevar a produção, inclusive por meio de aquisições, para potencialmente levar os múltiplos de avaliações de suas ações para níveis mais próximos de pares, disse o CEO da companhia, Rodrigo Barbosa, em entrevista à TC News em dezembro.
Em 2024, a Aura deve fechar com produção próxima de 244 mil a 292 mil t, com planos de atingir 450 mil t nos próximos anos. No médio e longo prazo, a empresa quer atingir 600-700 mil onças, com aquisições, segundo Barbosa.
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FATORES
O Goldman Sachs elevou as projeções para a demanda de bancos centrais por ouro, para 50 toneladas por mês, de 41 antes, citando compras fortes nos mercados de balcão em Londres em dezembro, com a China liderando os negócios, com 45 toneladas.
“Os riscos para nossa nova projeção para os preços do ouro seguem para o lado altista”, apontou o Goldman, citando “elevadas incertezas políticas, incluindo temores de tarifas”. As incertezas sobre a gestão de Donald Trump nos EUA também podem aumentar a demanda de BCs por ouro.
O cenário-base do Goldman Sachs considera dois cortes de juros pelo banco central americano neste ano. Se o Federal Reserve mantiver as taxas inalteradas, a projeção seria ligeiramente menor, em US$3.060 ao final de 2025.
(LC | Edição: Luca Boni | Comentários: equipemover@tc.com.br)
