Por Bruno Andrade
A Vale (VALE3) começou a operar a barragem Torto no complexo de Brucutu, em Barão de Cocais e São Gonçalo do Rio Abaixo, mostra documento enviado ao mercado nesta segunda-feira (03).
O início da operação aconteceu após decisão favorável do Conselho Estadual de Política Ambiental da Semad de Minas Gerais pela aprovação da Licença de Operação.
Segundo a Vale, a estrutura receberá parte dos rejeitos provenientes da usina de Brucutu.
“O complexo conta com uma planta de filtragem, que processa a maior parte do rejeito gerado e permite o empilhamento em estado sólido, além da produção de areia como coproduto, reduzindo-se, portanto, a dependência de barragens”, disse a empresa.
“A barragem Torto é uma estrutura construída em etapa única, sem alteamentos e possui Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) desde junho de 2022”, disse a empresa.
Em abril, a companhia havia dito que a entrada em operação de Torto contribuiria também com custos menores, após o indicador ter crescido no primeiro trimestre, quando a empresa foi impactada por restrições de embarque no Terminal Ponta da Madeira, no Maranhão.
Em comunicado nesta segunda-feira, a Vale afirmou que o início gradual da operação da barragem permite “melhora substancial da qualidade média” do portfólio de produtos, além de maior produção de aglomerados, como pelotas e briquetes de minério de ferro, por meio da substituição da produtos de alta sílica por produtos de alta qualidade, como o pellet feed.
“A melhora do mix de produtos possibilita a captura de maiores prêmios sobre os preços de nossos produtos, contribuindo positivamente para nossos resultados”, disse a companhia.
A afirmação vem em linha com o que havia sido previsto pela Vale em abril, quando informou que a expectativa para o segundo semestre era de melhorar o mix de produção, com mais volumes de projetos com maior teor de ferro, e compensar vendas que não foram realizadas nos três primeiros meses do ano devido a dificuldades no embarque.
Conforme divulgado anteriormente, a Vale espera produzir 36 milhões a 40 milhões de toneladas de aglomerados de minério de ferro em 2023 e 50 milhões a 55 milhões de toneladas em 2026.
A barragem Torto é uma estrutura construída em etapa única, sem alteamentos, e possui Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) desde junho de 2022, pontuou a mineradora.
O complexo conta com uma planta de filtragem, que processa a maior parte do rejeito gerado e permite o empilhamento em estado sólido, além da produção de areia como coproduto, reduzindo-se, portanto, a dependência de barragens.