Ibovespa opera sob forte oscilação e Petrobras pesa

Investidores aguardam decisão do governo sobre a reoneração dos combustíveis no Brasil

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Por Clara Guimarães

O Ibovespa registra uma sessão de forte oscilação nesta terça-feira, com investidores na expectativa pela decisão do governo sobre a reoneração dos combustíveis no Brasil, enquanto o exterior opera misto.

Perto das 14h45, Ibovespa subia 0,27%, a 105.995 pontos, com as ordinárias da Vale (VALE3) liderando os ganhos em pontos, em alta de 1,06%, enquanto as preferenciais (PETR4) e ordinárias (PETR3) da Petrobras pesavam na outra ponta, em quedas de 1,96% e 1,83%, respectivamente.

Às 12h52, a petroleira anunciou a redução no preço do litro da gasolina para as distribuidoras de combustíveis de R$3,31 para R$3,18 a partir de amanhã. Já o valor do litro do diesel A caiu de R$4,10 para R$4,02. Ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), sinalizou que a Petrobras poderia reduzir preços, aproveitando um “colchão” em sua política que acompanha cotações internacionais, devido à desvalorização do petróleo nos mercados globais.

A oscilação também é causada pelo desempenho das bolsas do exterior, com os principais índices acionários americanos mistos, reavaliando perspectivas da condução de política monetária do Federal Reserve após uma série de dados econômicos resilientes nos Estados Unidos, que apontam para um mercado de trabalho forte e inflação acima do previsto.

Perto das 14h50, o Dow Jones recuava 0,36%, enquanto o S&P500 e o Nasdaq 100 subiam 0,17% e 0,34%, respectivamente. No mesmo horário, o rendimento do título do Tesouro de dez anos dos EUA operava praticamente estável, a 3,928%.

Segundo a estrategista de ações da XP, Jennie Li, os mercados globais caminham para terminar fevereiro no negativo devido ao retorno de um sentimento de aversão ao risco, após dados de inflação dos EUA se mostrarem ainda bem distantes da meta de 2% ao ano, enquanto, no Brasil, “incertezas no cenário fiscal ditam o tom do mercado”.