Ibovespa cai levemente, pressionado por Itaú, Vale e com dados nos EUA em foco

Acompanhe o fechamento do mercado nesta terça (18)

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Por Luca Boni

O Ibovespa fechou a sessão desta terça-feira (18) em queda após operar sem direção definida, pressionado por Itaú (ITUB4) e Vale (VALE3). Com a agenda de indicadores econômicos e política esvaziada por aqui, investidores repercutiram os dados de vendas no varejo e produção industrial dos Estados Unidos, que vieram abaixo das expectativas do mercado. O Ibovespa fechou em queda de 0,32%, aos 117.841 pontos. A sessão teve volume de R$14,2 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.

Segundo o economista-chefe da JF Trust, Eduardo Velho, os dados mais fracos nos EUA, além de reforçar as expectativas para apenas mais uma alta na taxa de juros americana, aumentam levemente as perspectivas entre os investidores para um corte de 0,50 ponto percentual na Selic já em agosto.

Apesar disso, o mercado ainda avalia o espaço para a tomada de risco adicional neste momento e as principais ações do Ibovespa operaram sem direção definida.

Entre as empresas, as ON da Vale recuaram 0,63%, com investidores cautelosos à espera da divulgação de seu relatório de produção, que está programado para daqui a pouco. O TC Consenso aponta para embarques de 73 milhões de toneladas no segundo trimestre de 2023 – uma estabilidade em relação ao mesmo período de 2022, e alta de 30% ante o trimestre anterior.

As ações do Itaú cederam 1,94%, sendo a maior detratora do índice, de acordo com o head de renda variável da A7 Capital, André Fernandes, o papel caiu em movimento de “correção técnica depois de subir por 3 meses consecutivos”.

As ON da JBS caíram 2,77%, figurando entre as maiores quedas percentuais do Ibovespa em meio ao pessimismo que o setor está enfrentando com a notícia sobre a nova confirmação de gripe aviária no país ontem.

Na ponta oposta, às ON da PRIO subiram 2,83%, após a companhia ter informado ontem o início de operações em um novo poço no campo de Frade, levando a produção total a superar a marca de 100 mil barris por dia e animando analistas de mercado.

Entre as maiores altas percentuais figuraram as ON da YDUQS e da Cogna que avançaram 7,11% e 3,76%, na mesma ordem. Segundo Fernandes, as empresas do setor de educação encorparam a alta, após o ministro da educação falar sobre um novo projeto do FIES que procura solucionar a inadimplência. Isso beneficia as empresas de educação.

As ON da Weg ganharam 1,81%, em meio às expectativas positivas do mercado para os resultados do segundo trimestre da fabricante brasileira de motores elétricos, que serão divulgados amanhã pela manhã.