Governo propõe elevar mínimo existencial, parcela que não pode ser confiscada de endividados pelos bancos

A proposta faz parte do pacote de medidas anunciado pelo Ministério da Fazenda

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Por: Beatriz Lauerti e Márcio Aith

O governo divulgou nesta quinta-feira, 20, uma proposta que consiste em aumentar de R$303 para R$600 o chamado salário mínimo existencial, parcela de renda mensal que não pode ser confiscada dos indivíduos que possuem altas dívidas.  

A proposta faz parte do pacote de medidas anunciado pelo Ministério da Fazenda nesta quinta, com foco em melhorar o ambiente do crédito no país.

Com a aprovação da proposta, cerca de 14 milhões de pessoas seriam impactadas, e o saldo de dívidas a serem renegociadas cresceria de R$235 bilhões para R$266 bilhões.

O secretário de Reformas Econômicas da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, desacredita na possibilidade de a medida prejudicar a concessão de crédito. “A gente não acha que essa medida vai gerar racionamento de crédito. Hoje, as políticas de crédito dos bancos dificilmente permitem concessão de grandes volumes para pessoas nessa faixa de renda”, afirmou.

O  pacote divulgado pela Fazenda, que engloba o mercado financeiro, de seguros e de crédito bancário, pretende estimular o fornecimento de crédito diante do cenário de receio dos bancos após a crise nas Américas e no setor bancário internacional.