Frigoríficos caem com possível caso de "vaca louca" no Pará e gripe aviária na América do Sul

O Ministério da Agricultura e Pecuária informou em nota que "todas as medidas estão sendo adotadas pelos governos" em relação ao caso em investigação

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Por: Giovanni Porfírio

As ações de empresas frigoríficas caem na tarde desta quarta-feira, após informação de que o Ministério da Agricultura está investigando um possível caso de Encefalite Espongiforme Bovina, também conhecida como “mal da vaca louca”, no Pará, e com notícias de casos de gripe aviária em países da América do Sul.

Perto das 13h41, os papéis ordinários de BRF caíam 6,41%, a R$6,42, ficando em segundo lugar entre os piores desempenhos do Ibovespa. As ações da JBS cediam 3,31%, a R$18,10. As ações de Minerva sofriam queda de 5,01%, a R$11,76. No mesmo momento, o índice Ibovespa recuava cerca de 2%.

Segundo o jornal Valor Econômico, o caso suspeito de “vaca louca” no Brasil foi registrado em um animal de entre sete e oito anos que foi encontrado morto em um campo, não em um frigorífico. Amostras foram enviadas para testes no Canadá, conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde Animal, e o resultado pode sair ainda hoje.

O Ministério da Agricultura e Pecuária informou em nota que “todas as medidas estão sendo adotadas pelos governos” em relação ao caso em investigação. “A suspeita já foi submetida a análise laboratorial para a confirmação ou não e, a partir do resultado, serão aplicadas imediatamente as ações cabíveis”, afirmou a pasta, em comunicado na segunda-feira.

Os papéis de empresas do setor de proteína animal também têm sido penalizados na bolsa depois que países da América do Sul, inclusive Argentina e Uruguai, confirmaram os primeiros casos de gripe aviária em seu território.

O Brasil é um dos maiores exportadores de carne de frango do mundo, e a confirmação de casos de gripe aviária deixa os produtores brasileiros em alerta, devido à proximidade dos países citados com a região Sul, que detém 65% da produção de frango brasileira e por 85% da exportação.

Além de Argentina e Uruguai, que registraram casos em aves silvestres que apareceram mortas em parques nacionais, há casos reportados da doença no Peru, Colômbia, Chile, Venezuela, Equador e Bolívia.