Por: Luca Boni
Em Nova York, os principais índices acionários operavam em alta, com investidores reagindo aos dados de inflação medidos pelo Índice de Gastos de Consumo Pessoal (PCE), em linha com o consenso, que aumentaram as expectativas de que o Federal Reserve deve começar o ciclo de cortes das taxas no próximo ano.
Perto das 12h, o Dow Jones, o S&P500 e o Nasdaq 100 avançavam 0,56%, 0,06% e 0,10%, respectivamente. Os índices caminham para encerrar novembro com a maior alta percentual do ano.
No mesmo horário, os títulos do Tesouro americano de dez e de dois anos operavam em altas de 6,5 pontos-base e 4,7 pbs, aos 4,334% e 4,695%, respectivamente.
Os índices de Energia (XLE) e o de Tecnologia (XLK) subiam 1,37% e 0,40%, respectivamente, e eram os destaques positivos entre os setoriais do S&P.
Mais cedo, foram divulgados os dados do PCE, indicador de inflação acompanhado de perto pelo Federal Reserve, que subiu em linha com as expectativas em outubro, ganhando 0,2% no mês e 3,5% na base anual.
Após os dados, investidores mantiveram expectativas de que o Federal Reserve manterá a taxa de juros inalterada por mais três reuniões antes de começar o ciclo de cortes nos juros.
IBOVESPA
O Ibovespa seguia operando em alta, com investidores repercutindo os dados do Índice de Gastos de Consumo Pessoal (PCE) nos Estados Unidos. Por aqui, agentes voltam suas atenções para a participação de Gabriel Galípolo em evento do JP Morgan na parte da tarde.
Perto das 12h, o Ibovespa tinha alta de 0,31%, aos 126.611 pontos, a caminho de registrar a maior alta mensal do ano. Caso o ritmo seja mantido, o volume deve chegar a R$14,9 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.
No exterior, agentes seguem atentos para a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) sobre produção de petróleo, que segundo agências de notícias deve aprovar cortes adicionais de oferta de 1 milhão de barris por dia.
Por aqui, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a taxa de desemprego ficou em 7,6% no trimestre encerrado em outubro, pouco abaixo do consenso. Agora, o mercado aguarda a participação do diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, em evento do JP Morgan, às 15h. No mesmo horário, o BC realiza a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Entre as ações, as maiores contribuidoras por pontos do Ibovespa eram das ON Vale (VALE3), as PN da Petrobras (PETR4) e do Itaú (ITUB4), que avançavam 0,63%, 1,79% e 0,64%, respectivamente.
Em termos percentuais, os destaques eram as ON da Magazine Luiza (MGLU3), da IRB Brasil (IRBR3) e da Cielo (CIEL3), que ganhavam 3,72%, 4,48%, e 3,72%, nesta ordem. Petrobras e PRIO (PRIO3) também se destacam, subindo 1,3% e 2,9%, de olho na reunião da Opep+.
Na ponta oposta, figuravam as ON da Suzano (SUZB3), da Eletrobras (ELET3) e da B3 (B3SA3), que recuavam 2,76%, 1,18% e 1,21%, na sequência.
JUROS
As taxas dos contratos de juros futuros oscilavam com viés de alta, em linha com os rendimentos das Treasuries nos Estados Unidos. Apesar de dados de inflação que animaram os investidores na maior economia do mundo, os juros operam em movimento de ajuste.
Por volta das 12h, os DIs com vencimentos em jan/25 caíam 2,5 ponto-base, a 10,42%, enquanto os vértices para jan/27 e jan/31 avançavam 5,0 pontos-base e 4,5 pbs, respectivamente, a 10,20% e 10,82%.
CÂMBIO
O dólar segue operando em alta ante o real nesta quinta-feira, em sessão que deve registrar volatilidade devido ao fechamento da Ptax de novembro.
Perto do 12h, em uma cesta de 23 divisas acompanhada pela Mover, a moeda americana ganhava terreno frente a 20. O Índice DXY subia 0,58%, aos 103,43 pontos. O dólar voltava a se recuperar após sucessivos pregões de queda, em meio à expectativa de que o Federal Reserve não volte a elevar juros.
O dólar DXY caminha para encerrar o mês com a maior valorização percentual do ano.
(LB | Edição: Luciano Costa | Arte: Vinícius Martins | Comentários: equipemover@tc.com.br)