Por Reuters — atualizado às 16h14
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (11) que a nova versão do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) inaugura uma nova fase de crescimento no país e uma nova forma de empreender com desenvolvimento econômico e social aliados à preservação ambiental.
Em discurso na cerimônia de anúncio de lançamento do novo PAC, no Rio de Janeiro, Haddad disse que o PAC vem acompanhado da criação do Plano de Transformação Ecológica, que prevê medidas como a criação de um mercado regulado de carbono, a emissão de títulos soberanos sustentáveis e a criação de uma taxonomia sustentável nacional.
“Nasce uma nova maneira de pensar, de governar e de empreender; de viver e de agir ecologicamente, para que o desenvolvimento econômico e social caminhe de mãos dadas com a preservação ambiental”, disse Haddad.
O ministro ressaltou que o plano ecológico não pode ser igual a iniciativas nessa área de países desenvolvidos, uma vez que o perfil de emissões de gases é diferente e o Brasil tem também o desafio de enfrentar a desigualdade social.
“Tenho certeza de que outros países do hemisfério sul atenderão ao chamado de construir um modelo de transformação ecológica integrado, mas levando em consideração as diferenças importantes que existem em relação aos países desenvolvidos.”
Dinheiro garantido
Segundo Haddad, do ponto de vista fiscal, o governo Lula tem garantido R$ 240 bilhões para o Novo PAC. Em entrevista coletiva sobre o novo programa, Haddad disse ainda que se a situação do projeto de lei que trata do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) for resolvida, ajudará com parte dos recursos, bem como o projeto sobre apostas eletrônicas.
O governo federal anunciou nesta sexta-feira que o Novo PAC terá investimentos de R$ 1,7 trilhão de reais, considerando recursos da União, de estatais e do setor privado, com previsão de aplicação de mais de 1,3 trilhão de reais até 2026 e um incentivo às parcerias público-privadas.
Haddad destacou também na entrevista que o segundo trimestre foi muito difícil para o Brasil, depois que o período entre janeiro e março enganou muita gente por conta do agronegócio. O ministro, no entanto, procurou mostrar otimismo, dizendo que os juros — cuja taxa básica começou a ser reduzida pelo Banco Central — devem desanuviar o cenário para frente.