Mendonça revê decisão sobre varejo e prejudica Magalu (MGLU3) e Via (VIIA3)

Haddad comemora decisão que vai encher o bolso da União em R$ 90 bilhões

Agência Brasil
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Por Bruno Andrade

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça suspendeu sua própria liminar que inviabilizava a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de que as empresas não podem deduzir os benefícios fiscais estaduais do cálculo de IRPJ e CSLL. A decisão de Mendonça foi proferida nesta quinta-feira (04).

A medida favorece a União em cerca de R$ 90 bilhões e impacta diretamente empresas como Magalu (MGLU3) e Via (VIIA3). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia se encontrado com Mendonça na terça-feira (02) para convence-lo a mudar sua decisão. Haddad comemorou a decisão.

“Não é possível que o Brasil esteja discutindo até hoje a questão fiscal. É preciso virar a página”, afirmou Haddad nesta quinta, durante a Sessão Inaugural do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, mais conhecido Conselhão. “Eu e Tebet recebemos a informação de que o ministro André Mendonça reviu sua decisão”, afirmou, em tom de comemoração.

Na semana passada, Mendonça mandou sustar os efeitos de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça no âmbito de créditos de ICMS. O STJ definiu que empresas não podem deduzir os benefícios fiscais estaduais do cálculo de IRPJ e CSLL.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, também presente no evento do Conselhão, falou rapidamente sobre a reforma tributária. Segundo ela, o governo está atento a setores insatisfeitos para permitir que a reforma caminhe.

Segmentos ligados ao setor de serviços não gostam da ideia de estabelecer um modelo tributário baseado no Imposto de Valor Agregado, pois avaliam que isso elevará a carga tributária das empresas.

* Com informações da Mover