Governo admite erro em articulação política, mas insiste em Eletrobras (ELET3)

Ministro Rui Costa disse que Lula tem razão em relação à empresa elétrica

Agência Brasil
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Por Sheyla Santos

O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT) admitiu que houve erro do governo na condução política de decreto sobre o marco do Saneamento. “Temos que reconhecer um erro nosso. Não conseguimos fazer reunião com parlamentares, estamos corrigindo isso, agora, no Senado”, disse.

Apesar da admissão, Costa insistiu que o governo tem razão em buscar a revisão do acordo de acionistas da Eletrobras (ELET3), que limita o poder de voto da União. As declarações foram feitas em entrevista concedida à GloboNews, nesta quarta.

Inicialmente, o chefe da Casa Civil afirmou que “não depositaria todos os problemas na articulação política”, mas enumerou problemas dizendo que as emendas não têm sido empenhadas nos prazos desejados por parlamentares.

“Estamos realizando reuniões nesta semana. Vamos fazer reuniões na próxima semana para fazer um ajuste fino no relacionamento com o Congresso”, afirmou.

ELETROBRAS

Mesmo com a repercussão negativa de possível intervenção federal no processo de privatização da Eletrobras, Costa voltou a defender que o governo assegure no conselho da companhia direito de voto proporcional ao seu percentual acionário. O ministro disse que embora o governo detenha 43% das ações da Eletrobras, é ilegal que a União tenha poder de voto reduzido. “Qual é a base disso? Ao nosso ver [do governo], isso é ilegal e tem que ser questionado”.

TELEGRAM

O ministro defendeu ainda a postura do STF sobre o Telegram, que mais cedo determinou que o aplicativo apague em até 72h as mensagens disparadas em massa contra o Projeto de lei das Fake News, sob pena de suspensão. “Parabéns ao STF sobre o Telegram”, disse. “O Brasil não é terra sem lei”.