Por Giovanna Tegani
O universo cinematográfico tremeu com duas estreias marcantes na semana passada. A diretora Greta Gerwig (Lady Bird, Adoráveis Mulheres) e o renomado Christopher Nolan (Interestelar, Batman Begins) trouxeram a público obras que tiveram problematizações na internet antes mesmo de seu lançamento, mas que, mesmo assim, surpreenderam as produtoras com a alta bilheteria atingida rapidamente.
O estúdio Warner Bros Discovery, responsável pelo filme Barbie, havia projetado uma bilheteria que entregaria entre US$ 80 a US$ 100 milhões angariados. Porém, o filme consolidou-se como a maior estreia de 2023 até agora, e já faturou nas bilheterias internacionais o valor de US$ 182 milhões (R$ 863 milhões), entregando um resultado expressivo para os idealizadores.
Notícias Relacionadas
Coluna de Bruno Corano
Gestor conta os motivos que o levaram a trocar Brasil pelos Estados Unidos
O economista, empresário e investidor Bruno Corano, dono de uma gestora de investimentos e apresentador do viceocast Wall Street Cast, gravado diretamente da Times Square, em Nova York, nos Estados Unidos, decidiu escrever sobre os motivos que o levaram a deixar o Brasil para uma carreira de sucesso no exterior. Confira abaixo o artigo: […]
Política Monetária ou Eleitoral? Coluna de Márcio Aith
Lula bateu em RCN, mas mirou em Tarcísio
O destempero do presidente Lula com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na semana passada, diz pouca coisa sobre política monetária, e muito sobre política eleitoral. RCN, como foi apelidado, acabara de receber uma homenagem do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na Assembleia Legislativa paulista. Homenagem à qual compareceram alguns […]
Já a nova casa de Christopher Nolan, a Universal Studios, havia projetado US$ 50 milhões com o filme Oppenheimer somente no mercado estadunidense. Essa bilheteria foi prontamente superada. O filme já alcançou a marca de US$ 93,7 milhões (R$ 444 milhões) somente nos mercados internacionais.
Mas então, qual a polêmica?
Tanto o filme Oppenheimer quanto Barbie tiveram movimentações negativas ao redor de suas produções. A produção de Barbie desagradou os públicos conservadores, que consideraram o filme uma forma de influenciar as mulheres a aderirem ao movimento feminista. Já Oppenheimer foi criticado por romantizar o criador de uma arma de destruição em massa.
Porém, aparentemente, as críticas da internet não estiveram refletidas nas bilheterias dos filmes. Quando voltamos os olhos ao que realmente interessa, ou seja, ao lucro gerado pelos filmes, o fenômeno “Barbenheimer” como ficou conhecido nas redes sociais, foi o quarto maior final de semana de estreia de todos os tempos nos EUA, com a marca impressionante de US$ 244 milhões ( em torno de R$ 1,1 bilhão) arrecadados. Superando até mesmo a maior estreia desde então, o filme “Vingadores: Ultimato”, que atingiu a marca de US$ 305 milhões no ano de 2019, segundo a Comscore.
Porém, audiência não significa aprovação, não é? Sim, mas mesmo as avaliações estão extremamente positivas nas duas produções. O filme Barbie está com 90% de aprovação na plataforma Rotten Tomatoes e 88% de aceitação na pontuação pública. Já o filme Oppenheimer está com 94% positivos no “tomatômetro” da mesma plataforma, e 93% de aprovação na pontuação pública. Ou seja, ao menos desta vez, podemos dizer que as problematizações das redes sociais não influenciaram em nada o lucro no mundo real.
