Raízen tem €4,3 bilhões em contratos para etanol 2G, diz CFO

Nova planta deverá ser inaugurada até o final do mês

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Por Luciano Costa

A Raízen (RAIZ4) tem uma carteira de contratos de longo prazo para fornecer etanol de segunda geração equivalente a cerca de €4,3 bilhões, mais de R$20 bilhões, disse à Mover nesta terça-feira (12) o diretor financeiro da companhia, Carlos Moura, ressaltando a confiança nos resultados dos negócios com o combustível renovável.

A empresa, que é do grupo Cosan, do empresário Rubens Ometto, possui atualmente uma planta de produção do chamado etanol 2G, com capacidade de 30 milhões de litros/ano. Uma segunda, com capacidade anual de 82 milhões de litros, está em testes e deverá ser inaugurada até o final do mês, em cerimônia para a qual é esperada a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“No primeiro semestre do ano que vem, entregaremos mais duas unidades. No ano que vem, já seremos uma companhia com capacidade de 270 milhões de litros/ano, um salto em relação ao que temos hoje”, disse Moura, que falou à Mover nos bastidores do Cosan Day, em São Paulo.

A aposta da Raízen na inovadora tecnologia 2G, que usa a palha e o bagaço de cana resultantes da produção de etanol 1G, está alinhada à estratégia da empresa em sustentabilidade e renováveis, uma vez que o combustível tem pegada de carbono 30% menor que o etanol comum. A companhia, inclusive, pretende deixar bem transparentes em seus balanços os resultados desses negócios.

O plano de investimentos da companhia projeta aportes bilionários no etanol 2G, com meta de chegar em 2030 com 20 plantas operacionais.

Os contratos fechados para venda do combustível 2G variam em prazos de entre cinco e 29 anos, disse Moura, e a demanda tem se mostrado forte.

A planta da companhia hoje em operação é a maior de etanol 2G do mundo, e tem registrado recordes operacionais nesta safra.

“Não é uma aposta mais para nós, é uma realidade. Queremos fazer com que isso realmente posicione o Brasil como um líder na produção de combustíveis avançados”, disse Moura.

A Raízen estima investimentos de R$1,2 bilhão em cada planta de etanol 2G, projetando retornos acima de 20% no segmento.

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