Natura (NTCO3) vai estudar venda da marca britânica The Body Shop

Itaú BBA avaliou a marca inglesa em aproximadamente R$3,4 bilhões

Natura/Youtube
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Por: Artur Horta

A Natura (NTCO3), um dos maiores conglomerados de cosméticos do mundo, vai avaliar alternativas para a The Body Shop, o que inclui uma possível venda da conhecida — e difícil de rentabilizar — marca britânica de produtos de beleza.

Segundo fato relevante divulgado nesta segunda-feira, o conselho da Natura &Co autorizou a diretoria explorar alternativas estratégicas para o negócio. “Não há qualquer garantia de que a autorização concedida irá resultar em uma transação”, disse a companhia.

A Natura acrescentou que não pretende fornecer atualizações sobre o assunto, a menos que julgue ser necessário com base nas circunstâncias.

A venda da The Body Shop é vista como positiva para alguns analistas de mercado.

Em relatório divulgado há cerca de um mês, o Itaú BBA avaliou a marca inglesa em aproximadamente R$3,4 bilhões. Já o Bradesco BBI disse que ao excluir a TBS do portfólio, o valor justo da Natura &Co poderia ser R$2,00 por ação maior, impulsionado por melhorias nas margens e retornos.

Os bancos atribuem recomendação de “compra” às ações ordinárias da companhia, com preços-alvo de R$21,00 e R$24,00 respectivamente. Na sexta-feira, os papéis fecharam em queda de 1,67% na B3, a R$15,28.

A Natura &Co adquiriu a TBS da L’Oréal por cerca de 1 bilhão de euros em 2017, como parte da estratégia de expandir sua presença global e fortalecer o compromisso com produtos sustentáveis.

The Body Shop, no entanto, tem enfrentado um cenário desafiador e puxou os níveis de rentabilidade do conglomerado da Natura para baixo, o que levou a buscar soluções para queima de caixa e alavancagem excessivas, como a venda da marca australiana Aesop.

Conforme relatado no último balanço trimestral da Natura, a TBS viu a receita recuar 12,5% na base anual e teve problemas em canais de venda por conta do elevado nível de estoque. A divisão agora está focada na redução de custos estruturais e em medidas para melhorar as margens e geração de caixa.