Por Bruno Andrade
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR) subiu 0,56% em abril, mostram dados divulgados pelo BC nesta sexta-feira (16). A cifra ficou acima da expectativa do mercado, que esperava uma expansão de 0,2% em base mensal.
O IBC-Br é considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), e serve como base para nortear o mercado de como está a atividade econômica no país.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve ganho de 3,31%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a uma alta de 3,43%, de acordo com números observados.
Segundo o mais recente boletim Focus, a expectativa do mercado é que o PIB cresça 1,84% no acumulado de 2023.
FGV diz que Brasil tem deflação
Mais cedo, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10), que teve baixa de 2,20% neste mês, ante recuo de 1,53% em maio. No acumulado de 12 meses até junho, a queda foi de 6,31%. As duas deflações foram as mais intensas desde o início das medições.
“Os preços de commodities de grande importância seguem em queda e puxam para baixo o resultado do índice, com destaque para: óleo diesel (de -5,63% para -15,80%), milho (de -12,48% para -15,63%) e bovinos (de -1,05% para -6,17%)”, explicou André Braz, coordenador dos índices de preços, sobre a variação do IGP-10 de junho.
O IGP-10 é mais um de diversos indicadores de econômicos que têm mostrado trajetória de arrefecimento das pressões inflacionárias no Brasil.
O IPCA de maio, o principal para a avaliação do BC sobre inflação, desacelerou bem mais do que o esperado, elevando a perspectiva de que o Banco Central começará a cortar os juros já no terceiro trimestre. A taxa Selic está atualmente em 13,75%.