Credit Suisse rebaixa recomendação da CSN (CSNA3) de compra para neutra

Crescimento do endividamento preocupa o banco

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Por: Artur Horta

O Credit Suisse rebaixou a recomendação para as ações da CSN de ‘compra’ para ‘neutra’, citando a piora dos índices de alavancagem da siderúrgica de Benjamin Steinbruch, e em paralelo reduziu os preços-alvo dos papéis de mineradoras e siderúrgicas brasileiras, para incorporar um cenário mais pressionados para os preços do minério de ferro.

Além do rebaixamento, o banco suíço cortou o preço-alvo das ações ordinárias da CSN de R$23,50 para R$14,00, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira. A analista Vanessa Quiroga afirmou estar “preocupada com a deterioração das métricas de alavancagem”, que poderia afetar a geração de caixa e a distribuição de dividendos da companhia. O indicador dívida líquida sobre EBITDA ficou em 2,45 vezes no primeiro trimestre e, conforme as projeções do CS, pode atingir 2,84 vezes em junho.

Já para as ações preferenciais da Gerdau, o banco manteve a recomendação de ‘compra’, citando um valor “excessivamente descontado” e a expectativa de um rendimento com dividendos, “dividend yield”, de 14% neste ano. O CS, no entanto, cortou o preço-alvo da siderúrgica gaúcha de R$44,50 para R$34,00, embora mantendo a empresa como sua preferida no setor.

Em relação à Usiminas, o CS manteve a recomendação ‘neutra’ e reduziu o preço-alvo das ações preferenciais classe A de R$9,50 para R$8,00, em meio a incertezas relacionadas à reforma no alto-forno 3 da usina de Ipatinga.

Para a Vale, o banco manteve a recomendação de ‘compra’, mas cortou o preço-alvo dos recibos de ações negociados em Nova York de US$25,50 para US$18,00, reconhecendo que os preços do minério de ferro devem ficar pressionados no curto prazo, diante do balanço desfavorável de oferta e demanda por aço na China, bem como dados mais fracos no mercado imobiliário do país em abril.

“Por outro lado, a Vale está melhor posicionada que seus rivais para se beneficiar da descarbonização da siderurgia nos próximos anos”, escreveu Quiroga, citando os prêmios obtidos pela companhia por seu minério de ferro de maior teor, que produz menos emissões.

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