Por: Luciano Costa
O Brasil vai definir um patamar mínimo para a mistura obrigatória de combustíveis sustentáveis de aviação ao querosene utilizado para abastecer aeronaves, disse nesta quinta-feira o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD).
A produção do chamado SAF, combustível verde que visa reduzir emissões do setor a nível global, está no radar de grupos de combustíveis como Vibra Energia e Raízen. O uso do bioquerosene em aviões também é defendido pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas, que tem Gol e Latam entre as associadas.
“Em SAF, há grande expectativa no mundo de que o Brasil possa ser protagonista. Estamos criando um mandato para SAF no projeto Combustível do Futuro”, disse Silveira, durante participação nesta tarde em evento do BTG Pactual, mas sem entrar em detalhes sobre percentuais ou calendário de adoção da medida.
O programa Combustível do Futuro está em discussão no governo e deverá em breve ser enviado para deliberação no Congresso Nacional.
O ministro também disse que chegou a um consenso com o Ministério da Fazenda, de Fernando Haddad (PT), em torno de medidas de apoio também à produção do chamado diesel verde, sem detalhar.
A adoção de mandatos para mistura obrigatória de diesel verde tem sido defendida pela Petrobras, que tem planos de aumentar a produção do combustível, chamado por ela de “Diesel R”.
“Se não tiver mandato a gente não consegue colocar no mercado. O ideal é que isso ocorra o mais rápido possível, senão não adianta a gente desenvolver a tecnologia. Está tudo pronto para funcionar”, disse o diretor de Transição Energética da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, durante evento recente da estatal.