Aeris pode se beneficiar de parceria eólica entre Petrobras e WEG

Time da Genial Investimentos enxerga parceria com bons olhos; veja análise

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Por Ana Luiza Serrão

A fabricante brasileira de pás eólicas Aeris (AERI3) pode se beneficiar da parceria entre Petrobras e WEG anunciada ontem, que visa o desenvolvimento de uma turbina eólica nacional de alta capacidade, de acordo com avaliação da Genial Investimentos.

A Aeris, que é a principal fornecedora de pás da WEG, poderia receber um impulso adicional em sua carteira de pedidos caso a companhia catarinense e a petroleira estatal realmente avancem na produção de equipamentos, segundo os analistas da corretora.

As ações da Aeris acumulam queda de quase 60% em 12 meses, em meio a um pessimismo do mercado devido ao momento mais difícil da indústria de equipamentos para energia eólica de todo o mundo, após aumentos de preços de materiais que pressionaram margens de fabricantes e redução dos preços de energia, que praticamente paralisou novos projetos.

“O possível acordo pode ser um ótimo gatilho para a empresa voltar a observar seu potencial de ordens contratadas subir”, escreveram os analistas da Genial, Ygor Bastos e Bernardo Noel.

Pelo acordo entre WEG e Petrobras, a estatal fará um investimento de R$130 milhões em 25 meses em um projeto já em desenvolvimento pela indústria catarinense, que pretende fabricar no Brasil um novo modelo de aerogerador com 7 megawatts em capacidade. 

As companhias ainda avaliarão, futuramente, uma possível colaboração em energia eólica offshore, segundo executivos das empresas, embora essa decisão ainda não esteja tomada.

“Entendemos que possa não ser o melhor para a Petrobras, mas, na nossa visão, para a WEG e Aeris, essa ambição da petroleira de liderar o setor de energia eólica no Brasil adiciona um elemento de otimismo para o futuro desse mercado”, acrescentou a equipe da Genial. 

Atualmente, a Aeris tem cerca de 13% de suas linhas de produção voltadas à fabricação de pás para a WEG; outros clientes da companhia são Siemens Gamesa, com 20% das estruturas, Nordex, com 27%, e Vestas, com 40%.