Por Fabrício Julião
Gestores da Verde Asset alertaram para o foco do mercado local no “barulho” gerado pelo governo, em meio ao patamar elevado dos juros, em relatório gerencial de fevereiro do Fundo Verde FIC FIM.
Segundo eles, “há sinais de um incipiente credit crunch atingindo a economia brasileira, cujo enfrentamento requer boas políticas públicas e não bravatas”.
O fundo Verde FIC FIM teve ganho de 0,04% em fevereiro, abaixo do CDI no mês, que variou 0,92%. No acumulado do ano, o fundo registra avanço de 2,78% no acumulado do ano, contra 2,05% do benchmark.
O fundo multimercado FIC FIM, que manteve exposição na bolsa brasileira e tem hedges na bolsa americana, conta com patrimônio líquido de R$ 1,309 bilhão.
Já o fundo Verde em ações FIC FIA teve queda de 4,24% em fevereiro, menor que a registrada pelo Ibovespa no mês, de 7,49%. No acumulado de 2023, o fundo de ações tem queda de 3,89%, contra baixa de 4,38% do principal índice da bolsa de valores no mesmo período.
No relatório gerencial desse fundo, os gestores citam que “o movimento de reoneração dos impostos de combustíveis não teve o impacto esperado; medidas intervencionistas como a contrapartida de taxação das exportações de petróleo cru, apesar da tentativa de melhora no âmbito fiscal, levam a desbalanceamentos e aumentos dos prêmios de risco”.
As maiores contribuições para a performance do fundo no mês passado vieram das ações de Suzano e 3Tentos, além da posição vendida em empresas de commodities metálicas. Já as exposições de Barrick Gold Corp US e Grupo Mateus foram os principais detratores, dizem os gestores.
Atualmente, os maiores investimentos do fundo são em Suzano, Barrick Gold US, Localiza, Rumo e Equatorial.