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🚀 TC Cosmos atinge cota máxima em meio a cenário desafiador para fundos multimercados

Reuters News Brasil
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São Paulo, 25/6/2024 – O fundo multimercado TC Cosmos alcançou cota máxima na última quarta-feira, despontando como um outlier na indústria de multimercados, em um ano marcado por dificuldades para gestores diante de indefinições acerca do início do alívio monetário pelo Federal Reserve, nos Estados Unidos, e crescente aversão ao risco em mercados emergentes, além de preocupações fiscais no Brasil.

De acordo com dados da Economatica, o TC Cosmos FI Mult alcançou cota máxima de 1,392 em 19 de junho, acumulando até então retorno positivo de 2,40% no mês, e uma rentabilidade positiva de 4,46% no ano de 2024. Desde seu início, em novembro de 2022, o fundo acumula retorno positivo de 39,2%, com base em dados até o dia 19.

De acordo com o trader do TC Cosmos, Moises Beida, em razão da deterioração do cenário local e da forte saída de capital estrangeiro, o fundo está levemente posicionado em ações no Brasil e à espera de dados do índice de preços de gastos com consumo (PCE) nos Estados Unidos – métrica favorita de inflação do Fed – para entrar aplicado na curva de juros americana, repetindo um trade recente que trouxe bons frutos. O Departamento de Comércio dos EUA reportará os dados na sexta.

A indústria de multimercados tem sofrido saques incessantes desde 2022, ainda que seja categoria importante para os portfólios, dado que permite ao cotista exposição a uma ampla estratégia de investimentos, com possibilidade de posições em diferentes mercados globais, em um cenário de diversificação de investimentos.

Dados da Anbima mostram que, no ano, fundos multimercados sofreram resgate líquido de R$74,5 bilhões até 19 de junho. Em 12 meses, o montante de resgate vai a R$203,8 bilhões. Na mesma base de comparação, fundos de renda fixa registram captação líquida de R$237,3 bilhões no ano e de R$232,7 bilhões em 12 meses.

O volume de saques em aplicações de multimercados impôs cenário desafiador a assets, com elevação no cancelamento de fundos nos últimos anos, em meio a dificuldades de captação de recursos e retorno a cotistas. Em relatório a clientes na véspera, o analista de financials do BTG, Eduardo Rosman, observou uma “vibe pesada” para gestores, após encontro nas últimas semanas, diante do pessimismo em torno da credibilidade fiscal e perspectivas de desaceleração econômica.

Pesa, também, cenário de competitividade com as taxas de juros locais, em dois dígitos, e perspectiva de manutenção até ao menos 2025, de acordo com as projeções dos agentes. O TC Cosmos, porém, tem mostrado resiliência em termos de performance, de acordo com dados da Economatica, compilados pela Mover.

Em 12 meses, a rentabilidade do fundo está em 17,9%, equivalente a 151,0% do CDI, seu benchmark, que detém retorno positivo de 11,86% no período, com base em dados até 21 de junho. Também em 12 meses, o Ibovespa registrou rentabilidade de 0,76%.

De acordo com a Economatica, as três maiores posições consolidadas do TC Cosmos são em LTNs, LFTs e nos papéis ordinários da elétrica Eletrobras, com base em dados consolidados de carteira até 29 de fevereiro. O fundo pertence à TC Investimentos, proprietária da Mover, unidade de notícias da maior comunidade para investidores da América Latina.

(LB + GP | Edição: Luciano Costa | Comentários: equipemover@tc.com.br)