Santander e BTG lideram perdas entre bancos desde estouro da crise Americanas

Santander e BTG lideram perdas entre bancos desde estouro da crise Americanas

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Por Gabriel Brondi

São Paulo, 19/1/2023 – As units dos bancos Santander e BTG Pactual lideram as perdas entre os bancos desde o dia 11 de janeiro, quando a varejista Americanas, informou em fato relevante de que havia detectado inconsistências em lançamentos contábeis estimadas em R$20 bilhões.

Desde o dia 11 de janeiro, as units do Santander e do BTG Pactual recuam 6,52% e 6,42%, respectivamente, enquanto e as preferenciais do Itaú cederam 0,11% no período e as do Bradesco perderam 3,42%. As ordinárias do Banco do Brasil são as únicas que operam no campo positivo, em alta de 5,47%, no acumulado desde o estouro da crise.

Movimento que vai em linha com o cálculo de exposição dos bancos à varejista realizado pelos analistas do Bradesco BBI, com data do dia 12 de janeiro. Segundo os analistas, os bancos mais expostos à varejista são o Santander Brasil e o BTG Pactual, com cerca de 7% da carteira total de crédito, seguidos por Itaú com 3%, e Banco do Brasil, com 2%.

Nesta quinta-feira, a Americanas afirmou em nota que estuda a possibilidade de dar entrada a pedido de recuperação judicial nas próximas horas e que o caixa disponível para suas atividades está em R$800 milhões. A centenária varejista que tem Carlos Alberto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles como principais acionistas afirmou ainda que vai recorrer da decisão judicial que beneficia o BTG Pactual e “que fere seu esforço na busca por uma solução de curto prazo com os seus credores”, para manter seus compromissos sociais.

O BTG Pactual conseguir na justiça congelar R$1,2 bilhão da conta da varejista no banco.

Desde que foram descobertas “inconsistências contábeis” da ordem de R$20 bilhões na companhia, as ações ordinárias da Americanas despencam mais de 89% na B3, cotadas a R$1,31, perto das 11h da sessão de hoje.