Preços ao produtor voltam a subir em janeiro após cinco meses de queda

Os preços ao produtor tiveram inflação de 0,29% na comparação de janeiro com dezembro

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Por: Eduardo Puccioni

O índice de preços ao produtor no Brasil interrompeu, em janeiro, uma sequência de cinco deflações seguidas e apresentou inflação acima do esperado pelo mercado, mas bem abaixo do aumento de preços ocorrido em janeiro do ano passado.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os preços ao produtor tiveram inflação de 0,29% na comparação de janeiro com dezembro, o consenso apontava para uma deflação de 0,2%. Com isso, o acumulado de 12 meses apresentou inflação de 2,24%, acima dos 1,73% esperados pelos analistas.

“O resultado de janeiro vem após um período de cinco meses seguidos de queda, período em que acumulou uma redução de 7,37% no IPP. Há uma clara diferença entre as indústrias extrativas e as de transformação. Enquanto as de transformação continuaram com tendência de queda, as extrativas reverteram sete meses consecutivos de redução e tiveram a maior alta dentre todos os setores pesquisados”, explica Murilo Alvim, analista do IPP.

Em janeiro de 2023, 14 das 24 atividades industriais pesquisadas apresentaram variações positivas de preço quando comparadas ao mês anterior, acompanhando a variação registrada no índice da indústria geral. Em dezembro do ano passado, 11 atividades haviam apresentado maiores preços médios em relação ao mês anterior.

No acumulado dos últimos 12 meses, os setores com as quatro maiores variações de preços na comparação de janeiro com o mesmo mês do ano anterior foram: perfumaria, sabões e produtos de limpeza,c om alta de 16,66%; bebidas, com avanço de 16,54%; impressão, com alta de 16,07%; e fabricação de máquinas e equipamentos, com inflação de 13,64%. 

Ainda no acumulado em 12 meses, os setores de maior influência no resultado agregado foram: alimentos, com alta de 1,34 ponto percentual; outros produtos químicos, com recuo de 1,32 ponto percentual.; refino de petróleo e biocombustíveis, com inflação de 0,79 pp; e metalurgia, com retração de 0,74 pp.