Por: Patricia Lara
A taxa de desemprego voltou a subir no Brasil no primeiro trimestre, com Bahia e Pernambuco com os piores resultados, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
A pesquisa apontou que a taxa de desocupação do país atingiu 8,8% entre janeiro e março, alta de 0,9 ponto percentual ante os 7,9% registrados no quarto trimestre de 2022, apesar de ter recuado ante o mesmo trimestre do ano passado, quando estava em 11,1%.
As maiores taxas de desocupação estão na Bahia, com 14,4%, Pernambuco, 14,1%, e Amapá, 12,2%. Já as menores taxas de desemprego estão em Rondônia, com 3,2%, Santa Catarina, 3,8%, e Mato Grosso, 4,5%.
As mulheres foram as mais afetadas pelo desemprego no Brasil no período, com taxa de desocupação de 10,8%, contra 7,2% dos homens.
Entre janeiro e março, 2,2 milhões de brasileiros procuravam trabalho há dois anos ou mais. Este contingente se reduziu em 35,3% frente ao quarto trimestre de 2022, quando 3,5 milhões de pessoas buscavam trabalho pelo mesmo período de tempo.
O percentual de desalentados – pessoas em idade de trabalhar que buscam trabalho por acreditarem que não encontrarão emprego – atingiu 3,5% no primeiro trimestre.
Já o percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 74,1%, com o estado de Santa Catarina liderando, com 88,2%, Rio Grande do Sul, 82,2%, e São Paulo, 81,1%. Os estados com o menor percentual de empregados com carteira assinada foram Maranhão, com 50,8%, Pará, 51,2%, e Piauí, 51,7%.
O rendimento médio real mensal habitual foi de R$ 2.880, ficando estável frente aos R$ 2.861 registrados no quarto trimestre de 2022, e maior que os R$ 2.682 do primeiro trimestre de 2022.