Por Gabriel Ponte
As principais bolsas americanas encerraram a sessão desta quinta-feira (20) sem direção única. De um lado, o S&P500 e o Nasdaq 100 foram pressionados pelo recuo dos papéis de companhias como Netflix e Tesla, após resultados trimestrais e perspectivas decepcionantes para os investidores. Na ponta oposta, o Dow Jones encerrou em alta pela nona sessão consecutiva, com o sólido resultado da Johnson & Johnson.
Os índices S&P500 e Nasdaq 100 recuaram 0,68% e 2,28%, respectivamente. Foi o maior recuo intradiário do Nasdaq 100 desde fevereiro deste ano. Na ponta oposta, o Dow Jones avançou 0,47%, a nona sessão consecutiva de ganhos, na maior sequência já vista desde setembro de 2017.
Por volta das 17h00, os rendimentos dos títulos do Tesouro de dois anos – mais sensíveis à política monetária – avançavam 6,4 pontos-base, a 4,832%, e os de dez anos, 9,6 pbs, a 3,848%. Já o índice Dólar DXY, que mede desempenho da moeda americana contra uma cesta de divisas, ganhava 0,55%, maior alta em mais de dois meses.
As ações da Tesla recuaram 9,74%, a US$262,9, após a montadora de Elon Musk anunciar, em teleconferência com acionistas, que sua margem de rentabilidade pode recuar ainda mais, caso a companhia continue a lançar mão de rodadas de cortes de preços de seus veículos para fazer frente à eventual continuidade do aperto monetário nos Estados Unidos.
Também hoje, os papéis da Netflix recuaram 8,41%, a US$437,42, maior queda intradiária desde abril de 2022, após a companhia de streaming reportar uma receita trimestral abaixo do consenso do mercado. O desempenho levantou temores entre investidores de que levará tempo para que as novas iniciativas surtam efeito sobre os negócios.
Na ponta oposta, as ações da Johnson & Johnson avançaram 6,07% na Nyse, a US$168,38, na maior alta intradiária desde março de 2020, após a farmacêutica reportar lucro trimestral por ação ajustado de US$2,80, acima do consenso da Refinitiv, de US$2,62, e elevar as projeções de lucro para 2023.