Ibovespa ameaça nova alta com exterior e Campos Neto no radar

Por volta das 10h20, o Ibovespa avançava 0,26%, aos 116.134 pontos

B3/Divulgação
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Por: Luca Boni

O Ibovespa oscila perto da estabilidade na manhã desta segunda-feira e ameaça seguir a alta das bolsas internacionais, que avançam ainda em resposta ao discurso de Jerome Powell no simpósio de Jackson Hole e a notícias de novos estímulos na China. Por aqui, as atenções se voltam para a participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento da Warren.

Por volta das 10h20, o Ibovespa avançava 0,26%, aos 116.134 pontos. O volume de negócios projetado para hoje é de R$8,7 bilhões, abaixo da média de 50 pregões, que se encontra em R$17,2 bilhões.

No fim da semana passada, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, adotou um discurso que, embora duro, indicou que o Fed continuará monitorando os indicadores para dar os próximos passos da política monetária. Assim, como os números recentes de atividade vêm endossando a leitura de uma inflação controlada e o mercado já precifica os juros nos níveis atuais até o fim do ano, as bolsas avançam.

Na Ásia, os mercados fecharam em alta, após a China anunciar medidas de estímulos para impulsionar a economia. Neste domingo, o gigante asiático disse que vai reduzir pela metade o imposto sobre as transações no mercado de ações, com o objetivo de restaurar a confiança dos investidores.

No cenário local, investidores também estão atentos para o discurso de Roberto Campos Neto, que palestra em evento da Warren, em São Paulo, às 14h. O evento será importante sobretudo após declarações dele na semana passada, quando sinalizou que o BC não deve acelerar a magnitude dos cortes da Selic.

Entre as ações, a maior parte das “blue chips” sobem e impulsionam o Ibovespa. Entre os destaques, estão as ON da Vale, da Eletrobras e as PN da Petrobras, que avançam 0,72%, 0,35% e 0,28%, respectivamente – as maiores contribuidoras por pontos do índice.

As ON da Natura, da Magazine Luiza e da Embraer subiam 4,28%, 2,54% e 2,25%, respectivamente, entre as maiores altas percentuais do índice.

As ações da Natura sobem após a companhia divulgar, em fato relevante, que vai avaliar alternativas para a The Body Shop, o que inclui uma possível venda da conhecida — e difícil de rentabilizar — marca britânica de produtos de beleza.

Na ponta oposta, os papéis ON da Petrobras e as PN do Itaú recuavam 0,20% e 0,34%, sendo as maiores detratores do Ibovespa. Já as ON da MRV, da BRF e as Units do Iguatemi cediam 0,90%, 0,75% e 0,68%, respectivamente, entre as maiores quedas percentuais.