Ibovespa acelera perdas e DIs longos avançam com exterior; dólar sobe

Confira a movimentação da Bolsa brasileira nesta sexta (11)

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Por Fabricio Julião e Juliana Machado

O Ibovespa acelerou as perdas nesta sexta-feira (11), pressionado pela piora no desempenho dos bancos, Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4). O movimento está relacionado principalmente aos rendimentos dos títulos da dívida americana de dez anos, uma referência de risco para ativos globais, que passaram a subir com mais força nesta tarde.

Perto das 15h35, o Ibovespa operava em baixa de 0,69%, a 117.537 pontos, com giro financeiro de R$13,11 bilhões. Mantido o ritmo de negócios até o fechamento, o volume negociado hoje ficará abaixo da média dos últimos 50 pregões.

Entre as ações de maior peso no índice e que são alvo de forte fluxo vendedor nesta tarde estão Petrobras PN, Vale ON, Itaú PN e Bradesco PN, com quedas de 1,50%, 0,95%, 0,43% e 0,84%, respectivamente.

No mercado de juros, as taxas dos contratos operam em direções opostas ao longo da curva. Entre os vencimentos mais curtos, as taxas seguem em queda, com investidores de olho na desaceleração dos núcleos da inflação no Brasil, o que pode endossar cortes maiores da Selic no futuro. Já a ponta longa reverteu o movimento de baixa, em linha com as Treasuries.

Por volta das 15h20, os DIs com vencimentos em jan/24 e jan/25 caíam 0,5 pontos-base e 5,5 pbs, respectivamente, a 12,42% e 10,33%. Já as taxas dos contratos para jan/27 e jan/31 subiam 0,5 pbs e 2 pbs, a 10,01% e 10,86%, na mesma ordem. 

O dólar à vista seguia com desempenho perto da estabilidade frente ao real, com tendência de leve alta. A moeda americana cedeu a maior parte do dia perante seus pares, mas ganhou fôlego à tarde. Em uma cesta de 22 moedas acompanhadas pela Mover, o dólar se apreciava diante de 14. 

Por volta das 15h25, o dólar à vista subia 0,12%, a R$4,8978, enquanto o dólar futuro avançava 0,06%, a R$4,917. O Índice DXY, que chegou a recuar mais de 0,20% pela manhã, acelerava alta para 0,24%, aos 102.870 pontos. 

“O dólar alterna entre leves altas e baixas, acompanhando o fortalecimento da divisa americana no cenário internacional. Em relação às moedas de países emergentes, as taxas de câmbio têm respondido à queda das commodities e à atratividade dos mercados locais”, afirmou o diretor de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik.