Por: Fabricio Julião
As taxas de juros futuros operavam em direções distintas na manhã desta quarta-feira no Brasil, reagindo à divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) mais cedo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Perto das 11h15, os DIs mais curtos subiam reagindo à falta de alívio nos núcleos do IPCA-15, enquanto os contratos com vencimentos mais longos recuavam.
A prévia oficial da inflação apresentou desaceleração em abril, mas segue pressionada pelo grupo de Transportes, influenciado pelos preços dos combustíveis. O IPCA-15 avançou 0,57% neste mês, ante Consenso TC de 0,60% e 0,69% no mês anterior. Nos últimos 12 meses, o indicador subiu 4,16%, ante consenso de mercado de 4,2%.
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“O grande desafio seguem sendo os preços de serviços e demais núcleos. Olhando à frente, entendemos que o comportamento deles continua a demandar cautela, ao mesmo tempo em que as commodities em reais e, consequentemente, a inflação ao produtor indicam novas rodadas de descompressão do IPCA ‘cheio’”, afirmaram os economistas do Banco Original Marco Caruso e Igor Cadilhac.
Segundo especialistas consultados pela Mover, o IPCA-15 divulgado hoje não dá ferramentas ao Banco Central para iniciar o corte na Selic em maio. O consenso do mercado é que os membros do BC optem pela manutenção da taxa básica de juros em 13,75% ao ano mais uma vez na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na próxima quarta-feira, 3 de maio.
“No geral, a composição do IPCA-15 e suas agregações reforçam o resistente processo de desinflação no Brasil, especialmente nos grupos de serviços. Esperamos que o IPCA atinja seu nível mais baixo do ano em junho e volte a acelerar a partir de julho”, destacou o estrategista Macro da XP, Alexandre Maluf.
Veja abaixo a variação dos DIs nesta quarta-feira.
