Por Patrícia Lara
As taxas dos contratos de juros futuros longos passaram a subir no Brasil, enquanto as mais curtas reduziram a queda, após o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), reforçar a pressão sobre o Banco Central para reduzir a taxa básica de juro.
Perto das 11h18, o DI com vencimento em janeiro de 2025 operava em queda de 10,5 pontos-base, a 12,74%; o de Jan/27 reduzia a baixa a 1 ponto-base, a 13,17%; o de Jan/29 subia 4 pontos-base, a 13,59%; o de Jan/31 tinha alta de 4 pontos-base, a 13,75%. O dólar futuro operava em alta de 0,18%, a R$5,238.
Mais cedo, as taxas operavam em queda, em linha com rendimentos dos títulos americanos e após economistas consultados pelo boletim Focus, do Banco Central, manterem as projeções de inflação para os próximos três anos.
Alckmin afirmou nesta segunda-feira que o Brasil precisa baixar os juros, e justificou seu argumento afirmando que a taxa Selic no patamar atual, de 13,75% ao ano, desencoraja a tomada de crédito e gera uma “anomalia”. Alckmin também defendeu o corte de juros com responsabilidade fiscal.
“A pressão no BC é forte. O Executivo ainda não entendeu que forçar a queda da Selic não necessariamente faz a ponta longa cair na mesma medida, muito pelo contrário. A curva pode empinar e nada adianta ter juros básicos baixos”, disse o operador da Terra Investimentos, Paulo Nepomuceno.