Juros futuros recuam após Campos Neto descartar mudança de meta de inflação

Declarações de Campos Neto em entrevista na noite de=a última segunda-feira, 13, aliviaram temores do mercado

Unsplash
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Por Clara Guimarães

Os contratos de juros futuros operam em queda nesta terça-feira, após o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, negar que exista discussão para mudança da meta de inflação em entrevista ontem, aliviando temores do mercado. Ele fala novamente em evento do BTG hoje.

Perto das 09h40, o DI com vencimento em janeiro de 2025 recuava 12,5 pontos-base, a 12,82%; o de Jan/27 cedia 12 pontos-base, a 12,96%; o de Jan/29 perdia 10 pontos-base, a 13,23%; e o de Jan/31, 9 pontos-base, a 13,35%. O dólar futuro recuava 0,03% na B3, a R$5,172.

O mercado de juros reage principalmente às falas de Campos Neto no programa Roda Vida, onde afirmou não haver uma discussão para a mudança da meta da inflação, mas sim para seu aprimoramento. “A gente vem discutindo esse aprimoramento, mas esse movimento não visa ganhar flexibilidade, mas dar maior eficiência à meta.”

Para Silvio Campos Neto, economista-sênior da Tendências, o presidente do BC foi bem por exportecnicamente as razões sobre as decisões de política monetária. “Adotou um tom amistoso, na tentativa de reduzir a temperatura do embate, que está muito elevado. Em condições normais, isso não deveria acontecer pois BC não está aqui para agradar nem desagradar ninguém”, avaliou.

Ainda hoje, Campos Neto participa de painel sobre Política Monetária em evento organizado pelo BTG Pactual, a partir das 09h45.

No exterior, predomina o compasso de espera pelo índice de inflação ao consumidor nos Estados Unidos, que sairá às 10h30 e pode trazer mais uma peça para definir a trajetória da taxa de juros. Perto das 09h30, os rendimentos do título de dez anos do Tesouro americano cedia 3,1 pontos-base, a 3,69%.