Juros futuros operam em queda com exterior e de olho em sinalizações sobre o Banco Central

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, disse que não há uma orientação da gestão do presidente Lula para buscar a troca do comando do Banco Centra

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Por Clara Guimarães

Os contratos de juros futuros renovaram as mínimas após a abertura nesta quarta-feira, em linha com os yields dos Treasuries, em meio a sinalizações divergentes na sequência dos recentes atritos entre o governo e o Banco Central.

Perto das 10h00, o DI com vencimento em janeiro de 2025 recuava 12,5 pontos-base, a 13,03%; o de Jan/27 caía 11,5 pontos-base, a 13,08%; o DI/29 cedia 12 pontos-base, a 13,29%; e o de Jan/31 perdia 10 pontos-base a 13,39%. Perto das 16h35, dólar futuro operava em queda 0,64% a R$5,200.

Nos Estados Unidos, os rendimentos do título do Tesouro americano de dez anos recuavam 2,1 pontos-base, a 2,643%, após Powell reafirmar, ontem, que os EUA estão no início de um processo desinflacionário, ao mesmo tempo que alertou que os recentes dados fortes do mercado de trabalho não são suficientes para uma mudança de trajetória dos juros americanos.

Já por aqui, os atritos do governo com o Banco Central ainda continuam no radar, além da fala do diretor de política monetária da autarquia, Bruno Serra, em evento às 16h00.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse nesta quarta-feira que não há uma orientação da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para buscar a troca do comando do Banco Central. Ao Scoop by Mover, três fontes com conhecimento das articulações afirmaram que o PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está trabalhando para substituir Roberto Campos Neto no comando do BC antes do término de seu mandato, marcado para o fim de 2024. Enquanto isso, o Palácio do Planalto busca se distanciar do processo de fritura de Campos Neto. Matéria da Folha de S.Paulo informou que o Executivo concluiu que uma queda de braço entre Lula e o presidente do BC teria um custo alto demais pelo país.

“O aumento da incerteza sobre os rumos da política monetária ampliou-se significativamente nas últimas semanas. Como temos argumentado, a persistência de incertezas fiscais (de curto e médio prazos) e a possibilidade de alteração da meta de inflação estão provocando dispersão de expectativas inflacionárias”, avaliou a LCA em relatório.