Por: Patrícia Lara
Os juros futuros e o dólar futuro operam com variações limitadas e sem definição de tendência, enquanto o Ibovespa futuro tem leve queda, com o mercado à espera de dados de inflação nos Estados Unidos em março. Ontem, a Bolsa doméstica disparou e os juros e dólar cederam com o alívio do índice de inflação brasileira, que veio acompanhado por descompressão relevante dos núcleos e dos preços de serviços, alimentando a expectativa de antecipação de corte da taxa básica de juros. No front da atividade no Brasil, os dados de vendas do varejo em janeiro mostraram alta recorde para o mês de 3,8% ante dezembro, acima do consenso das expectativas, que era de alta de 3,2%. No exterior, índices futuros das bolsas de Nova York estão próximos da estabilidade.
Perto das 09h13, o contrato de DI com vencimento para 2025 subia 1 ponto-base, a 11,81%, enquanto o vencimento para janeiro de 2031 tinha alta de 1 ponto-base, a 12,48%. O contrato de dólar futuro operava com queda de 0,14%, a R$5,017. O Ibovespa futuro cedia 0,26%, aos 108.430 pontos, após o índice à vista subir ontem 4,29%, aos 106.213 pontos.
O dia tem vencimento de opções sobre o Ibovespa na B3, o que tende a ampliar a volatilidade.
Nos EUA, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) americano, que sai às 9h30, deve desacelerar pelo nono mês seguido em termos anuais, para 5,2%, após alta de 6% em fevereiro. Em contrapartida, o consenso de mercado mostra expectativa de aceleração do núcleo desse indicador, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, para 5,6%, ante 5,5% no mês anterior, diante dos custos com habitação, um grupo que inclui despesas como aluguel e seguro residencial até acomodação fora de casa, como em residências estudantis e hotéis. Na comparação mensal, o consenso aponta desaceleração do CPI para 0,2%, após alta de 0,4% em fevereiro.
No exterior, o índice futuro S&P 500 subia 0,12% e o Nasdaq 100 futuro recuava 0,02%. A taxa de juros dos títulos de 1 ano do Tesouro dos EUA subia 3,2 pontos-base, a 4,717%, perto das 9h16.
Os contratos futuros do minério de ferro registraram alta de 0,3% na Bolsa chinesa de Dalian, com o suporte de um dado robusto de crédito no país asiático. Os novos empréstimos atingiram um recorde no primeiro trimestre na China para 10,6 trilhões de iuanes, o equivalente a US$1,54 trilhão, o que correspondeu a uma alta de 27% ante igual período de 2022, após o BC chinês reduzir o compulsório bancário para estimular o crédito. O contrato do barril de petróleo Brent também opera em leve alta.
Esta manhã é marcada por marcos importantes para algumas commodities agrícolas. O contrato futuro do açúcar atingiu máxima desde 2012 ao prolongar o rali diante de preocupações com a oferta. O cacau futuro atingiu US$3 mil por tonelada, um nível não visto desde novembro de 2020.