Por: Patrícia Lara
Os juros futuros operam próximos da máxima do dia, enquanto o dólar futuro acelera ganhos ante o real, à medida em que se aproxima a decisão sobre taxa de juros americana, às 16h00. Ibovespa renova mínimas intradiárias, perdendo os 111 mil pontos. Após o fechamento, o mercado também receberá a decisão de juros pelo BC brasileiro.
Perto das 14h46, o DI com vencimento em janeiro de 2025 subia 5 pontos-base, a 12,89%, após marcar máxima do dia a 12,92%; o de Jan/27 tinha alta de 7 pontos-base, a 12,90%; o DI de Jan/29 avançava 7 pontos, a 13,07%; e o de Jan/31 estava em alta de 7 pontos-base, a 13,14%. Na busca por ativos mais protegidos, o juro dos títulos de 10 anos dos EUA cediam 6,3 pontos-base, a 3,466%.
O dólar futuro subia 0,50%, a R$ 5,126.
O Ibovespa cedia 2,20%, a 110.936 pontos, perto do mesmo horário, em linha com a queda dos índices em Nova York. O S&P 500 perdia 0,52%, aos 4.055,43 pontos.
Ações ordinárias de Magazine Luiza e Eztec respondiam pelas maiores quedas, com recuo de 5,42% e 5,05%, respectivamente, seguidas pela mesma classe de ações da Ambev, com baixa de 4,76%.
A Associação Cervbrasil acusou a cervejaria de “manobras tributárias”, segundo a revista Veja. Os papéis têm se comportado com instabilidade desde que a crise da Americanas veio a público, já que as companhias têm os mesmos acionistas de referência – Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles, da 3G Capital. Para o BTG, as manobras que a Cervbrasil menciona são créditos tributários da Ambev.
O Comitê Federal de Mercado Aberto do Federal Reserve nos EUA deve elevar a taxa básica de juros americana em 0,25 ponto porcentual. No Brasil. todos os 16 bancos e casas de análise consultados pela Mover projetam que o Comitê de Política Monetária do Banco Central deve manter a Selic inalterada em 13,75%. O comunicado da decisão deve manter um tom mais duro diante da piora das expectativas de inflação.