Ibovespa sobre impulsionado por bancos; Vale (VALE3) cai após PIB fraco na China

Confira o fechamento da Bolsa brasileira nesta segunda (17)

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Por Luca Boni

O Ibovespa fechou a sessão desta segunda-feira (17) em alta, revertendo as perdas apresentadas durante boa parte do pregão. As ações dos bancos impulsionaram o índice refletindo o bom humor vindo do setor no exterior. Os papéis da Vale (VALE3) recuaram limitando uma alta mais firme do Ibovespa, ainda de olho nos dados fracos do Produto Interno Bruto (PIB) da China. O Ibovespa fechou em alta de 0,44%, aos 118.219 pontos. A sessão teve volume de R$13,6 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.

Segundo o analista e co-fundador da Escola de Investimentos, Rodrigo Cohen, o mercado operou “indeciso” e “com certa volatilidade”, em virtude do PIB da China e também do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) – ambos abaixo do esperado.

O IBC-Br caiu 2,0% em maio na comparação mensal. O resultado surpreendeu negativamente o mercado, que esperava que o indicador registrasse estabilidade no mês. Já o PIB chinês teve crescimento de 6,3% no segundo trimestre do ano, na base anual, menor do que a previsão de analistas, que esperavam 7,3%.

Para Cohen, os bancos por aqui seguiram o ânimo do setor financeiro nos Estados Unidos. Lá fora, as ações dos principais bancos americanos subiram, em meio aos primeiros resultados que já foram divulgados até aqui e na expectativa por outros balanços.

Com grande participação no Ibovespa, os bancos encerraram todos no campo positivo. As PN do Itaú, do Bradesco e as Units do BTG Pactual avançaram 1,94%, 1,59% e 3,13%, respectivamente.

As PN da Raízen, as ON da MRV e da Rede D’or subiram 3,68%, 2,96% e 2,63%, na ordem, e foram as maiores altas percentuais do Ibovespa.

Na ponta oposta, as PN da Petrobras caíram 0,21%. Apesar da baixa, os papéis arrefeceram parte de suas perdas e, consequentemente, reduziram a pressão negativa sobre o índice.

As ON da Vale recuaram 1,11%, sendo a principal detratora do índice, em linha com a desvalorização do minério de ferro negociado na China, que cedeu após o PIB abaixo do esperado na segunda maior economia do mundo.

As maiores quedas percentuais foram das ON da IRB Brasil, da BRF e da Weg, que desvalorizaram 3,15%, 2,70% e 1,94%, nesta ordem.