Por Luca Boni
O Ibovespa encerrou a sessão desta terça-feira em alta, após reverter as perdas registradas no início do pregão. Com a maioria das ações no positivo, o destaque ficou com as varejistas que dispararam na sessão refletindo a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e declarações da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB) sobre a inflação.
O Ibovespa encerrou em alta de 1,01% aos 107.113 pontos registrando a quarta alta consecutiva. A sessão registrou um volume de negociação de R$17 bilhões, levemente abaixo da média de 50 pregões, de R$18,3 bilhões.
No início da manhã, foi divulgada a ata do Copom que enfatizou a preocupação com a inflação e com as expectativas para o indicador, e repetiu que a retomada do ciclo de aperto monetário se tornou menos provável.
A sessão ainda foi marcada por declarações da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), que afirmou que haverá uma surpresa positiva com a inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) será divulgado na sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para o head de renda variável da A7 Capital, André Fernandes, as notícias trouxeram um maior otimismo por parte dos investidores, o que desencadeou um fluxo comprador para os ativos mais sensíveis ao juros, que se beneficiam da queda na taxa Selic.
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Os papéis ON da Eletrobras e da Vale ganharam 1,03% e 4,13%, na mesma ordem, sendo os maiores contribuidores, adicionando cerca de 330 pontos ao Ibovespa.
Em uma sessão predominantemente positiva para o mercado acionário em geral, apenas 16 dos 86 ativos que compõem o Ibovespa recuaram. Destaque negativo para as PN da Raízen que caíram 3,93% seguindo a queda das cotações do açúcar e as ON da Tim Brasil, que recuaram 2,86%, refletindo o resultado do primeiro trimestre de 2023 abaixo do esperado pelo mercado.
As PN do Bradesco e as ON da Suzano perderam 0,98% e 0,88%, respectivamente, e impediram uma maior valorização do índice, ambas retiraram mais de 60 pontos.
