Ibovespa sobe impulsionado por Vale e WEG, de olho em decisão de juros no exterior

Confira o fechamento do mercado nesta segunda (24)

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Por Luca Boni

O Ibovespa fechou a sessão desta segunda-feira (24) em alta, impulsionado pelas ações da Vale (VALE3), da WEG (WEGE3) e da Petrobras (PETR4). Investidores reagem à divulgação de dados às vésperas das reuniões de política monetária dos bancos centrais americano e europeu. O Ibovespa fechou em alta de 0,94%, aos 121.341 pontos. A sessão teve volume de R$19,3 bilhões, considerado mediano.

Mais cedo na Europa foram divulgados os PMIs de Alemanha, Reino Unido e zona do euro, frustraram as expectativas, assim como os PMIs composto e de serviços dos EUA. Já o PMI industrial americano, embora acima do esperado, indicou retração da atividade.

O mercado digere os dados antes da decisão de juros do Federal Reserve na quarta-feira (26) e do Banco Central Europeu na quinta-feira (27). A perspectiva do mercado é que em ambas as regiões os BCs devem aumentar em 0,25 ponto percentual as respectivas taxas de juros.

No âmbito corporativo, as ON da Vale e as PN da Petrobras subiram 3,02% e 2,09%, respectivamente, sendo as maiores contribuídoras por pontos do Ibovespa.

As ON da Weg mais uma vez foram destaque positivo na sessão ao subir 7,21%. Circulam notícias de que a multinacional catarinense vai fornecer motores, de forma indireta, à fabricante americana de sistemas aeroespaciais SpaceX, do bilionário Elon Musk.

Na ponta negativa, destaque para as ações dos grandes bancos que têm grande participação no Ibovespa e pressionaram o índice. As PN do Itaú, do Bradesco e as ON da B3 cederam 1,59%, 2,70% e 1,96%, nesta ordem.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou a jornalistas que pretende acabar com os Juros sobre Capital Próprio (JCP) e enviará uma medida ao Congresso até o fim de agosto. “Quando eles pagam JCP, reduz o imposto a pagar, ou seja, se o JCP deixar de existir, a tributação dessas empresas tende a aumentar e o lucro a cair”, explicou o diretor de research da Quantzed, Leandro Petrokas.

As ON da IRB Brasil despencaram 14,40%, registrando a maior queda desde janeiro deste ano. Em relatório divulgado hoje, analistas do BTG Pactual rebaixaram as ações da IRB Brasil de “neutra” para “venda”, argumentando que a disparada dos papéis no ano e o fato da companhia ter registrado um prejuízo líquido de R$10,4 milhões em maio indicam uma possibilidade de correção nos preços.