Ibovespa sobe em dia de liquidez reduzida, com cenário corporativo em foco

Cenário corporativo foi o foco da quinta-feira

Divulgação/B3
Divulgação/B3

Por: Luca Boni

Em dia de baixa liquidez e sem grandes catalisadores devido ao feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, o Ibovespa fechou a sessão desta quinta-feira em alta. Investidores se apoiaram no noticiário corporativo, com destaque para as ações do Bradesco, após a troca do comando do banco, e para a Cemig (CMIG4), que passa por um debate sobre sua possível federalização.

O Ibovespa avançou 0,43%, aos 126.575 pontos. A sessão teve volume de R$11,40 bilhões, abaixo da média de 50 pregões. O índice registrou a décima primeira alta entre as últimas quinze sessões no mês de novembro.

Entre as ações, os destaques positivos em pontos foram das PN do Bradesco (BBDC4), das ON da Eletrobras (ELET3) e as da B3 (B3SA), que avançaram 2,67%, 2,05% e 1,15%, respectivamente.

As ações do Bradesco subiram em meio ao anúncio da escolha de Marcelo de Araújo Noronha para o cargo de diretor-presidente, em substituição a Octavio de Lazari Junior, que comandou o segundo maior banco privado do país nos últimos cinco anos. O time de analistas da Genial destaca que a mudança é positiva, pois sinaliza a procura por novas estratégias para melhorar o desempenho e a lucratividade da instituição.

Entre as maiores altas percentuais, as ON da CVC (CVCB3), do Assaí (ASAI3) e da Magazine Luiza (MGLU3), ganharam 6,56%, 4,86%, e 4,33%, nesta ordem.

Na ponta oposta, as ON da Vale (VALE3), da Cemig e da CSN Mineração (CMIN3) recuaram 0,63%, 3,17% e 6,68%, na sequência.

Destaque negativo no dia, as ações da Cemig deram continuidade ao movimento visto ontem, após a notícia de que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), estaria “de acordo” com uma proposta de federalizar a empresa em troca do abatimento de dívidas do estado com a União.

Segundo o diretor de research da Quantzed, Leandro Petrokas, a possível federalização da Cemig “é bem negativa”, já que toda a melhoria de eficiência operacional que a empresa passou durante o governo Zema poderia ser potencialmente perdida, com investidores temendo uma perda de eficiência.

“É bem provável que a gente volte a ter um aumento de interferência por parte do governo nas empresas estatais, com troca na diretoria, troca na estratégia, o que é visto de forma negativa pelo mercado”, afirma Petrokas.

(LB | Edição: Juliana Machado | Comentários: equipemover@tc.com.br)