Ibovespa sobe e se mantém acima dos 118 mil pontos após CPI misto nos EUA

Confira o fechamento da Bolsa brasileira nesta quarta (13)

Divulgação/B3
Divulgação/B3

Por Luca Boni

O Ibovespa fechou a sessão desta quarta-feira (13) em alta pelo terceiro dia consecutivo, apesar de ter arrefecido os ganhos ao longo do dia, em linha com o movimento fraco do exterior após a divulgação de dados mistos de inflação ao consumidor nos Estados Unidos. Na cena local, pesou o vencimento de opções sobre o Ibovespa.

O Ibovespa avançou 0,18%, aos 118.175 pontos. A sessão teve volume de R$17 bilhões, considerado mediano.

Divulgado mais cedo, o núcleo do índice de preços ao consumidor americano (CPI, na sigla em inglês), que exclui preços mais voláteis como os de alimentos e energia, avançou 0,30% em agosto na base mensal, um pouco acima da alta de 0,20% esperada pelo consenso. Já o dado cheio veio em linha com o projetado.

Segundo o analista da Quantzed, Marcelo Oliveira, o núcleo um pouco acima do previsto foi visto como negativo pelos mercados – as bolsas americanas encerraram sem direção definida.

“Não acredito ainda que o dado seja suficiente para o Federal Reserve mudar a perspectiva do mercado de seguir sem uma outra alta residual nos juros”, afirmou.

Entre as ações, as ON da WEG e as da Eletrobras subiram 3,59% e 1,59%, respectivamente, e foram as maiores contribuidoras por pontos do Ibovespa. Os papéis da WEG reagiram à parceria anunciada com a Petrobras para projetos de energia eólica offshore.

Segundo analistas do Itaú BBA, o acordo deve gerar retorno e acelerar o foco da fabricante catarinense de equipamentos elétricos em estratégias em energia eólica. O banco manteve a recomendação “neutra” para as ON da companhia, com preço-alvo em R$39,00.

As maiores altas percentuais do Ibovespa foram das ON do Carrefour e das Units do BTG Pactual, que subiram 3,97% e 3,76%, na sequência.

Na ponta oposta, as ON e PN da Petrobras recuaram 1,30% e 1,49%, respectivamente, e foram as maiores detratoras do índice. Entre as maiores quedas percentuais figuraram as ON do Grupo Casas Bahia, que recuaram 5,13%.

Duas fontes disseram à Mover  mais cedo que o follow on anunciado pelo Grupo Casas Bahia, ex-Via, deve ter as ações precificadas em torno de R$1,12, abaixo do preço por papel em tela no dia do anúncio da captação – de R$1,26.