Ibovespa sobe com impulso de bancos

Construtoras e varejo avançam com desaceleração do IPCA-15

B3/ Divulgação
B3/ Divulgação

Por: Luca Boni

O Ibovespa encerrou a sessão desta quinta-feira em alta, com investidores repercutindo a melhora da inflação apontada pelo Índice Nacional de Preços Amplo-15 (IPCA-15) de maio. As ações do setor Financeiro impulsionaram o índice, enquanto os papéis ligados a commodities pressionaram, em linha com o mau desempenho do minério e do petróleo nos mercados globais.

O Ibovespa avançou 1,15%, aos 110.054 pontos, interrompendo uma sequência de três quedas consecutivas. O volume de negócios foi de R$21,7 bilhões, acima da média de 50 pregões, que está em R$18,8 bilhões.

Divulgado mais cedo, o IPCA-15 – indicador considerado a prévia da inflação no Brasil – desacelerou para 0,51% em maio, ante 0,57% em abril, e acima dos 0,64% esperados pelo TC Consenso.

Segundo o especialista em investimentos da GT Capital Marcus Labart, o qualitativo do indicador apresentou melhora, ajudando a fazer com que a curva de juros recuasse e favorecendo as ações dos setores de Varejo e Construção, que se beneficiam de um cenário de inflação e juros mais baixos.

“O mercado está mais otimista sobre o setor Imobiliário, principalmente com a possibilidade da queda na taxa de juros no final de 2023”, completou Labart.

Entre as maiores altas percentuais do Ibovespa figuraram as ON da MRV, da Via e da Cyrela, que ganharam 10,33%, 7,76% e 6,19%, respectivamente. Os índices Imobiliário e de Consumo da B3 avançaram 3,05% e 2,62%, respectivamente.

As ON da B3 e as PN do Itaú e do Bradesco subiram 2,49%, 3,14% e 3,60%, respectivamente. O Índice Financeiro ganhou 2,25%.

Em uma sessão predominantemente positiva para o mercado acionário em geral, 25 dos 86 ativos que compõem o Ibovespa recuaram. O destaque negativo ficou com as ON da CVC, que desvalorizaram 4,63%. Ontem, após o fechamento dos mercados, a maior empresa de serviços turísticos da América Latina anunciou a renúncia do CEO Leonel Andrade, que ocupava o cargo desde abril de 2020.

As ações de empresas ligadas às commodities pressionaram o Ibovespa, com o recuo de 2,23% do minério de ferro na bolsa chinesa de Dalian, e do petróleo Brent, que chegou a cair mais de 4% hoje.

As ON da Vale e as PN da Petrobras perderam 0,31% e 0,75%, respectivamente, impedindo a alta maior do Ibovespa.