Ibovespa sobe com alívio em setor financeiro global

Mercado reage bem às respostas do sistema financeiro

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Por Luca Boni e Gabriel Ponte

O índice Bovespa encerrou a sessão desta quinta-feira em alta, acompanhando a melhora de humor das bolsas internacionais, e impulsionado por papéis de bancos e do setor frigorífico. Investidores reagiram positivamente ao noticiário de que um grupo de grandes bancos concordou em injetar liquidez ao First Republic Bank, um banco regional para estancar a instabilidade deflagrada pelo colapso do Silicon Valley Bank.

O Ibovespa subiu 0,74% a 103.434 pontos, interrompendo um período de cinco quedas consecutivas. No melhor momento da sessão, às 14h45, o índice atingiu os 103.911 pontos.

Os mercados aceleraram a alta no fim do dia, após a agência Reuters noticiar que um grupo de grandes bancos dos Estados Unidos, como o JPMorgan, o Bank of America e o Wells Fargo, concordaram com uma injeção de liquidez de US$30 bilhões ao First Republic Bank.

Também contribuiu para o alívio das bolsas o anúncio feito ontem à noite pelo Credit Suisse de que o banco conseguiu acessar uma linha de empréstimo de cerca de US$54 bilhões para garantir sua liquidez de curto prazo perante o banco central da Suíça.

No Brasil, ações do setor financeiro também reagiram positivamente. O setor financeiro da B3 avançou 1,80%. Já os papéis preferenciais do Bradesco (BBDC4) fecharam em alta de 2,81%, enquanto os do Itaú (ITUB4)subiram 1,65%. As ações ordinárias do Banco do Brasil (BBAS3) também avançaram 1,07%.

Outro setor que se destacou foi o de proteína animal. JBS (JBSS3)e Marfrig (MRFG3) subiram 3,79% e 3,35%, respectivamente, após a notícia de que novos surtos de peste suína africana na China podem apoiar o exportador de carne bovina brasileiro, beneficiando os papéis do setor. Segundo o Itaú BBA, que citou reportagem da Reuters, a doença poderia afetar a produção de carne suína no país em 10%.

Na ponta oposta, as ações units da Taesa (TAEE11) lideraram as quedas porcentuais. Na véspera, a empresa divulgou seus resultados, que vieram em linha com o consenso. Ainda assim, a redução dos dividendos referentes ao resultado de 2022 quando na comparação com os últimos dois anos decepcionou investidores, que penalizaram o papel no pregão.