Ibovespa sobe, à espera do avanço de pautas econômicas em Brasília

Confira o fechamento dos mercados nesta quarta (5)

Divulgação/B3
Divulgação/B3

Por Luca Boni

O Ibovespa fechou a sessão desta quarta-feira (5) em alta, impulsionado pelo avanço das ações da Eletrobras, do Itaú e da BRF, em um dia marcado pela falta de andamento de pautas econômicas na Câmara dos Deputados e pela divulgação da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) nos Estados Unidos. O Ibovespa avançou 0,40%, aos 119.549 pontos. A sessão teve volume de R$17,1 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.

A pauta na Câmara segue travada devido ao imbróglio em torno do Projeto de Lei que restabelece o voto de qualidade em caso de empate no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que está travando a apreciação de outros temas econômicos, como o arcabouço fiscal.

Mais cedo, em entrevista à GloboNews, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), afirmou que a perspectiva é de que a Reforma Tributária seja pautada ainda hoje na Casa e votada amanhã, o que animou o mercado.

No exterior, a ata da reunião do FOMC de junho mostrou que enquanto alguns membros do Federal Reserve defenderam a elevação do juro em 25 pontos-base, a maioria apontou a manutenção como forma de ganhar tempo para avaliar os efeitos das altas anteriores na economia americana. Em 14 de junho, o FOMC manteve as Fed Funds Fed Funds inalteradas no intervalo de 5% a 5,25%, após dez altas consecutivas.

No mercado acionário, as ON da Eletrobras e as PN do Itaú subiram 1,52% e 0,87%, respectivamente, sendo as principais contribuidoras por pontos do Ibovespa.

As ON da BRF, da IRB Brasil e da MRV ganharam 10,28%, 7,13% e 6,67%, na mesma ordem, e figuraram entre as maiores altas percentuais do Ibovespa.

Segundo o fundador da Gava Investimentos, Ricardo Brasil, as ações da BRF saltaram como reação a uma oferta primária de ações. “Vai entrar dinheiro para a empresa, então, investidores ficaram animados, ainda mais no momento em que a Selic está alta e o endividamento está cada vez maior”.

Na ponta oposta, as ON da Vale e do Banco do Brasil recuaram 0,88% e 0,66%, respectivamente, impedindo a maior valorização do índice.

Ainda segundo Brasil, as ações da Vale caíram em meio à previsão de desvalorização nos preços do minério de ferro para os próximos meses, devido à desaceleração econômica da China . “Isso pode apertar as margens da empresa”, afirmou.

As PNA da Braskem e as PN da Azul cederam 4,42% e 3,12%, figurando entre as principais quedas percentuais.