Por: Gabriel Ponte
O Ibovespa renovou máxima recorde de fechamento nesta terça-feira, pelo segundo dia consecutivo, com os investidores reagindo à elevação do rating do Brasil pela agência de classificação de riscos S&P, além da mais recente ata da decisão de juros do Comitê de Política Monetária do Banco Central.
O Ibovespa encerrou em alta de 0,59%, aos 131.850 pontos. Também no dia, o índice testou nova máxima intradiária, de 132.046 pontos. A sessão teve volume financeiro de R$15,76 bilhões.
Mais cedo, a S&P elevou a classificação de dívida de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil para “BB”, de “BB-” antes, citando a aprovação recente da reforma tributária, que amplia o histórico do país de implementação pragmática de políticas nos últimos sete anos.
Nos mercados acionários, os papéis ordinários da Vale (VALE3) e preferenciais da Petrobras (PETR4) foram os principais contribuidores do índice, adicionando 134,10 e 109,06 pontos, com as ações avançando 0,70% e 1,14%, respectivamente. Por volta das 17h00, os futuros do Brent para entrega em fevereiro operavam em alta de 1,76%, a US$79,32 por barril, de olho no aumento da tensão na importante região do Mar Vermelho.
Em termos percentuais, as preferenciais classe A da Braskem (BRKM5) lideraram os ganhos entre os papéis que compõem o Ibovespa, avançando 7,15%, a R$19,47. Mais cedo, a agência Reuters reportou que a Petrobras pode ampliar participação na companhia para facilitar sua compra por estrangeiros, diante das preocupações de que o afundamento do solo em Maceió pudesse abalar a potencial venda da empresa.
Outro destaque positivo no dia ficou por conta das ações de aéreas, beneficiadas pelo acordo do governo para reduzir os preços das passagens não ter sido considerado tão pesado quanto alguns analistas projetavam, o que poderia prejudicar as margens das companhias. Ao fim da sessão, as preferenciais da Azul (AZUL4) avançavam 2,24%.
Na ponta oposta, as preferenciais da Gerdau (GGBR4) foram as segundas principais detratoras do Ibovespa, retirando 37,79 pontos, após analistas do Itaú BBA reduzirem recomendação do papel para “neutra”, ante “compra”, com preço-alvo a R$26,0, ante R$30,0.
Ao longo do dia, o mercado ainda avaliou a ata da mais recente decisão de juros do Copom, segundo a qual a incorporação de cenários e variáveis exógenas, como a dinâmica fiscal ou o cenário externo, se dá por meio de seus impactos na dinâmica prospectiva de inflação, sem relação mecânica com a determinação da taxa de juros.
BOLSA EUA
Nos mercados acionários, os índices S&P500, Dow Jones e Nasdaq 100 avançaram 0,59%, 0,68% e 0,66%, respectivamente, com a mais recente sinalização do Federal Reserve sobre a reversão da trajetória de aperto monetário produzindo efeitos contínuos sobre os mercados acionários.
Ainda assim, mais cedo, o presidente do Fed de Boston, Raphael Bostic, apontou não haver “urgência” para que comecem os cortes de juros, dado a força da atividade econômica e o ritmo lento de desinflação até a meta perseguida pelo banco central, de 2,0%.
(GP | Edição: Luciano Costa | Comentários: equipemover@tc.com.br)