Ibovespa acelera queda no início da tarde, com dados de inflação

No Brasil, investidores digeriam a prévia da inflação ao consumidor, o IPCA-15, que subiu 0,76% em fevereiro

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Por Gabriel Ponte

O Ibovespa acelerou a trajetória de queda no início da tarde desta sexta-feira, tendo alcançado patamar de 105 mil pontos, em movimento alinhado à sessão negativa em Wall Street, após dados de inflação acima do esperado nos Estados Unidos e no Brasil.

Por volta das 15h10, o Ibovespa recuava 1,94%, aos 105.506 pontos, operando na mínima intradiária. Ações ordinárias da Minerva (BEEF3) lideravam as perdas, em termos percentuais, recuando 6,44%, a R$11,03. A companhia registrou prejuízo líquido de R$25,7 milhões no quarto trimestre de 2022, e lida com a suspensão de exportações à China depois de caso de “vaca louca” no Estado do Pará.

As ordinárias da Vale (VALE3) também constituíam influência negativa ao índice. No mesmo horário, os papéis da mineradora recuavam 2,62%, a R$84,70, e desidratavam o índice em mais de 460 pontos. As preferenciais do Itaú (ITUB4) recuavam 3,40%, a R$25,59, retirando do índice mais de 235 pontos.

No Brasil, investidores digeriam a prévia da inflação ao consumidor, o IPCA-15, que subiu 0,76% em fevereiro na comparação mensal, e acima do consenso Economatica, que apontava para alta de 0,60% no período. Os olhos estão voltados também para a reoneração dos combustíveis, prevista para 1º de março. Neste momento, há um conflito entre a área política, que critica a volta dos impostos, e o Ministério da Fazenda, que espera um alívio fiscal.

Também hoje, dados do Departamento do Comércio dos EUA mostraram que o núcleo do índice de preços de gastos com consumo dos EUA, o PCE, avançou 0,6% em janeiro ante dezembro de 2022, acima do consenso Mover, que previa alta de 0,4%. O dado reforçou leitura de continuidade da alta de juros pelo Federal Reserve. Wall Street operava em queda no início da tarde.