Por: Luca Boni
O Ibovespa encerrou a sessão desta terça-feira em queda, pressionado pelas ações da Vale, apesar da alta dos papéis da Petrobras e de grandes bancos terem limitados as perdas do índice. Investidores continuaram acompanhando com cautela a tramitação do projeto do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados.
O Ibovespa recuou 0,26%, aos 109.928 pontos, tendo atingido o patamar dos 111 mil pontos na máxima da sessão. O volume foi de R$19,3 bilhões, acima da média de 50 pregões.
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Ontem, o Ministério da Agricultura e Pecuária instaurou estado de emergência zoosanitária por 180 dias em função da confirmação de casos de gripe aviária em aves silvestres no Brasil.
O head de renda variável da A7 Capital, André Fernandes, ressaltou que apesar da doença ter sido detectada somente em aves selvagens, a medida acabou refletindo negativamente nas ações.
Na ponta oposta, as ON e PN da Petrobras avançaram 2,08% e 2,46%, respectivamente, e evitaram a queda maior do Ibovespa. Os contratos futuros do petróleo Brent chegaram a subir mais de 2% na sessão. Próximo do fim do dia, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, confirmou a jornalistas que nada impede que a Petrobras reapresente o pedido para explorar a área da Margem Equatorial, na Foz do Amazonas.
As PN do Itaú, do Bradesco e as ON do Banco do Brasil subiram 0,80%, 0,82% e 2,35%, respectivamente. O índice Financeiro avançou 0,45%.
As ON da Suzano ganharam 1,51%, após a maior produtora global de celulose confirmar a elevação nos preços da fibra para clientes da Ásia a partir do mês que vem.
Após uma reunião e um almoço entre os líderes do Congresso, o presidente do Banco Central, o ministro da Fazenda e os relatores da Reforma Tributária e do arcabouço, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), afirmou que a nova regra fiscal deverá ser votada “entre hoje e amanhã”.
O ministro Fernando Haddad (PT) elogiou a articulação do projeto do arcabouço e disse estar impressionado com o consenso das casas legislativas em torno do novo marco fiscal.
