Por: Luca Boni
O Ibovespa inicia a sessão desta segunda-feira sem direção definida. De um lado, os bancos impulsionam o índice, enquanto mineradoras e siderúrgicas pressionam o desempenho, na outra ponta. A sessão deve registrar uma menor liquidez devido ao feriado de Juneteenth nos Estados Unidos, e os investidores também aguardam a decisão de juros do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) na quarta-feira.
Por volta das 10h30, o Ibovespa operava estável aos 118.788 pontos. O volume de negócios projetado para hoje é de R$10,5 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.
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As ações dos grandes bancos impulsionavam o índice. As PN do Itaú, do Bradesco, as ON do Banco do Brasil e as Units do Santander subiam 0,70%, 0,47%, 0,40% e 0,33% respectivamente, figurando entre os maiores ganhos por pontos. O Índice Financeiro ganhavam 0,44%, liderando as altas entre os índices setoriais da B3.
As ON da Embraer subiam 2,68%, liderando as altas percentuais do índice. No noticiário, a fabricante de aviões anunciou no fim de semana um acordo com a japonesa Nidec Corporation para desenvolver motores elétricos para aeronaves.
As maiores altas percentuais eram as ON da IRB Brasil, da Gol e da Slc Agrícola, que ganhavam 2,39%, 1,68% e 1,13%, na sequência.
Na ponta negativa, as ações de mineradoras e siderúrgicas recuavam e pressionavam o Ibovespa, em linha com o recuo de 0,12% do contrato do minério de ferro na bolsa chinesa de Dalian. As ON da Vale perdiam 0,88%, e o Índice de Materiais Básicos cedia 0,26%.
Entre as maiores quedas percentuais figuravam as ON da CVC, do Assaí e da Méliuz, em baixa de 3,11%, 2,00% e 1,92%, respectivamente.
A principal expectativa e atenção entre os investidores essa semana está sobre a decisão do Copom. Segundo a maioria das expectativas dos investidores, o comitê deve manter a Selic em 13,75% nesta reunião de junho, mas adotar um tom um pouco mais dovish – isto é, inclinado ao corte de juros – em comparação com os comunicados anteriores, sinalizando que o afrouxamento monetário está próximo.
O mercado doméstico também acompanhará os trabalhos no Congresso. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) deverá iniciar amanhã a apreciação do projeto de lei complementar que institui o novo arcabouço fiscal, já aprovado na Câmara dos Deputados.
