Por Juliana Machado
Os sinais dos bancos centrais dos Estados Unidos e Europa de continuidade do aperto monetário neste ano, somados à comunicação dura adotada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil, mantêm a tendência negativa no mercado local, e o Ibovespa abre a sessão estendendo perdas de ontem.
Perto das 10h38, o índice recuava 0,35%, aos 118.493 pontos. Caso mantenha esta trajetória, o Ibovespa caminha para fechar a semana também praticamente estável.
Embora a interpretação de alguns economistas seja de que o Copom deixou a porta aberta para cortes de juros em agosto, o uso de termos como “parcimônia” no comunicado do BC e a insistência em condicionar o futuro da política monetária às expectativas de inflação continuam fazendo com que parte dos investidores prefira evitar tomar riscos adicionais neste momento.
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No exterior, o Ibovespa também não encontra grande suporte, já que tanto os bancos centrais da Europa, quanto o Federal Reserve foram claros em dizer que novas altas de juros devem ocorrer para fazer com que a inflação volte para as metas. Isso estimula a saída de recursos de mercados considerados mais arriscados, como emergentes, para ativos mais seguros, caso da renda fixa de países desenvolvidos.
Entre os papéis de maior peso no índice, todos operavam em baixa. A Petrobras PN cedia 1,30%, enquanto a Vale ON perdia 1,52%. Lá fora, o petróleo Brent tinha forte baixa de 2,28% nesta manhã. Entre os bancos, Itaú PN cedia 0,31%, enquanto Bradesco PN recuava 0,54%.
No noticiário corporativo, destaque para a ação ON da SLC Agrícola, que liderava os ganhos do dia, em alta de 5,11%. O movimento ocorre após a companhia informar ontem que suas terras estão avaliadas em R$10,9 bilhões, ante R$9,3 bilhões em 2022.
