Por Luca Boni e Luana Franzão
O Ibovespa fechou a sessão desta quinta-feira (6) em queda, perdendo o patamar dos 118 mil pontos. Dados fortes do mercado de trabalho americano pesaram nos negócios, ao reforçar a necessidade de aperto monetário nos EUA. Além disso, investidores aguardam o andamento de pautas econômicas na Câmara dos Deputados, com a expectativa da votação da Reforma Tributária ainda hoje. O Ibovespa recuou 1,78%, aos 117.425 pontos. A sessão teve volume de R$16,7 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.
Segundo o analista e co-fundador da Escola de Investimentos, Rodrigo Cohen, o dia foi “negativo para as bolsas mundiais, e o Ibovespa acompanhou o cenário externo”. O desempenho é resultado dos dados de emprego nos EUA do ADP, que vieram bem acima das expectativas. Foram criadas em junho 497 mil novas vagas de trabalho privados nos EUA, ante consenso de 228 mil.
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No âmbito corporativo, as “blue chips”, que têm grande participação no Ibovespa, caíram e pressionaram o índice. As ON da B3, as PN da Petrobras e do Itaú recuaram 3,73%, 1,53% e 1,48%, respectivamente.
Entre as maiores quedas percentuais, figuraram ações voltadas ao mercado interno. As PN da Gol, as ON da Magazine Luiza e da Via cederam 9,78%, 7,62% e 6,76%, na mesma ordem.
De acordo com Cohen, a performance negativa do setor se deve ao nervosismo do mercado “por conta da indicação de alta de juros nos EUA”, que pode interferir nas expectativas para a queda de juros no Brasil.
Em uma sessão predominantemente negativa, apenas 5 dos 86 ativos que compõem o Ibovespa subiram. Entre os destaques, as ON de IRB Brasil, Eztec e CPFL Energia avançaram 5,02%, 2,00% e 1,69%, na sequência.
