Por: Luca Boni
O Ibovespa opera em queda no início do pregão desta segunda-feira, em linha com a maior aversão ao risco no exterior. Na China, a preocupação com o mercado imobiliário voltou à tona com o agravamento da situação da incorporadora Evergrande, enquanto investidores se preparam para uma semana marcada pela divulgação de diversos indicadores de inflação, além da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Por volta das 10h20, o Ibovespa recuava 0,30%, aos 115.679 pontos. Se mantido o ritmo de negócios, o volume projetado para hoje é de R$42,7 bilhões, acima da média de 50 pregões.
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Na China o mercado encerrou em queda, impactado pela renovação das preocupações com o mercado imobiliário chinês. Segundo a Bloomberg, a chinesa Evergrande cancelou as principais reuniões de credores agendadas para esta semana. Além disso, afirmou, em comunicado, que está impossibilitada de emitir novos títulos, após a subsidiária Hengda Real Estate ser alvo de uma investigação por possíveis violações das normas de divulgação de informações ao mercado.
Além da preocupação com a economia chinesa, o sentimento de maior aversão ao risco vem também dos Estados Unidos, onde o temor por juros mais altos por mais tempo vem aumentando entre os investidores, que buscam proteção no mercado de renda fixa – e, consequentemente, retiram seus recursos do mercado acionário.
Investidores se preparam ainda para uma série de indicadores de inflação nesta semana, como o Índice de Preços de Gastos do Consumidor (PCE) nos EUA e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) no Brasil. No radar, certa cautela é reforçada antes da publicação da ata do Copom, amanhã. Em conjunto, esses dados devem trazer mais clareza sobre os próximos passos da política monetária aqui e lá fora, uma semana após as decisões de juros.
Entre as ações, as ON da Vale recuam 1,81%, sendo a maior detratora do Ibovespa. Os papéis da mineradora caíam em linha com a forte queda do minério de ferro na China.
Entre as maiores quedas percentuais, figuravam as ON da Casas Bahia, da Magazine Luiza e da Lojas Renner, que caíam 5,85%, 4,91% e 2,38%, respectivamente.
Na ponta oposta, as ON da Weg, da B3 e as PN do Itaú avançavam 2,55%, 0,57% e 0,41%, na sequência, amenizando as perdas do índice até aqui.
