Ibovespa cai pelo terceiro dia consecutivo com decisões de juros no radar

Confira o fechamento do mercado brasileiro nesta terça (19)

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Por Luca Boni

O Ibovespa fechou a sessão desta terça-feira (19) em queda pela terceira vez consecutiva e voltou ao patamar dos 117 mil pontos. Investidores operaram com cautela, no aguardo das decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos de amanhã.

O Ibovespa encerrou em queda de 0,37%, aos 117.845 pontos, próximo da mínima da sessão. A sessão teve volume de R$16,9 bilhões, considerado mediano.

Segundo o diretor de research da Quantzed, Leandro Petrokas, o movimento do mercado hoje foi muito parecido com o de ontem, com investidores ajustando posições e em compasso de espera.

A reunião de dois dias do Comitê de Política Monetária (Copom) para decidir o novo patamar da taxa básica de juros brasileira começou hoje. O TC Consenso, que reuniu estimativas de 21 economistas, projeta um novo corte de 50 pontos-base da Selic.

A reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) nos EUA também começou hoje e, de acordo com derivativos negociados na Chicago Mercantile Exchange (CME), o mercado tem 99% de expectativas de que os juros americanos se mantenham no patamar de 5,25% e 5,50%.

“A grande expectativa está nos comunicados e projeções futuras, visto que a magnitude do corte aqui no Brasil e a manutenção nos EUA já estão contratadas pelo mercado”, afirmou o especialista em renda fixa da Quantzed, Ricardo Jorge.

Entre as ações, destaque para os papéis do setor financeiro, que têm grande participação no Ibovespa e pressionaram o índice. As PN do Bradesco, as Units do BTG Pactual e as ON da B3 perderam 1,14%, 2,64% e 1,22%, na sequência, e foram as maiores detratoras por pontos do índice.

Entre as maiores quedas percentuais figuraram as ON do Pão de Açúcar, da Lojas Renner e da Totvs, que recuaram 6,90%, 5,38% e 4,91%, respectivamente.

Na ponta oposta, as ON da Vale, da Suzano e da PRIO avançaram 0,19%, 1,40% e 1,14%, respectivamente, amenizando as perdas do índice.

As maiores altas percentuais foram das ON da Marfrig, da Casas Bahia e da Hapvida, que ganharam 4,07%, 2,74% e 1,81%, nesta ordem.